sábado, 27 de julho de 2013

Arte Africana A arte africana representa os usos e costumes das tribos Africanas. Os objetos de arte é funcional. A pintura e esculturas são figuras humanas ligados aos aspectos étnicos,morais e religiosos. As esculturas são feitas de ouro, bronze e marfim, para adquirir forças, magia. As máscaras têm significado místicos. (ex. rituais funerários) os materiais são de barro, marfim, metais e madeira, eles modelam em segredo na selva. A arte africana no Brasil começa com achegada dos primeiros escravos por volta de 1550. É importante lembrar que a influência dos negros na cultura brasileira permanece até hoje. Eles nos legaram hábitos alimentares, costumes religiosos, danças, instrumentos musicais, objetos artesanais que fazem parte do nosso folclore e de toda arte popular brasileira. NA DANÇA: A dança africana é um texto formado por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para toso os sentidos. A repetição do padrão musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfantizar a vida que tem que ser vivida agora. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: Lundu, Batuque, Capoeira, Coco, Congadas,jongo. Lundu= Dança e canto de origem africana. Era bailado de par solto. No Brasil, ganhou força com o mulato Domingos Caldas Barbosa. *Atividades desenvolvidas- trabalhar a música do coco através da dança de roda. INSTRUMENTOS MUSICAIS: Afoxé, Atabaque, Berimbau, Bongôs e outros. Afoxé= chocalho de cabaça ou coco envolvido por uma espécie de malha de contas. Atabaque= toca-se segurando entre as pernas e batendo as mãos. A parte de cima do atabaque é feita de pele, presa com cordas a um arco e fixa na madeira. Berimbau= instrumento feito em forma de arco, de madeira, tendo um arame preso entre as pontas. Compõe-se da metade de uma cabaça aderente a um arco formado por uma varinha curva, com um fio de latão, sobre o qual se bate. Em uma das extremidades vai o caxixi, uma cestinha cheia de sementes, para marcar o ritmo. Toca-se com a mão esquerda para percutir a corda e com a direita puxa-se o dobrão para reforçar a emissão do som. Bongôs: são atabaques pequenos • Atividades desenvolvidas- Criar instrumentos de percussão através de materiais reciclados. RITOS, USOS E COSTUME: Umbanda Umbanda= bem antes de o espiritismo, de o Kardecismo ter iniciado no Brasil, já existiam os cultos africanos que, embora reprimidos, eram realizados pelos escravos, ajudados pelas trevas da noite. Os terreiros de Umbanda atraem pessoas de toda classe social. Os tambores transmitem a magia do ritmo e do canto. Há a possessão pela divindade, que “baixa” numa determinada pessoa. Na forma atual desse culto há uma divisão: Lei de Umbanda, ou magia branca, e Lei de Quimbanda, ou magia negra. É um culto religiosos mágico, dirigido por um chefe de terreiro: o babalorixá, sacerdote que estabelece a ligação entre o mundo material e o espiritual. O espírito supremo é o Olorum. Obatala é o pai. Oxalá é o filho de Ifá é o espírito Santo. As divindade masculinas são: Xangô, Ogum, Oxossi, Ogum Megê, Iroco, Oxolum, Ibejê. As femininas são: Iemanjá, Anambucuru, Oxum, Iansã, Oba. Nos terreiros de umbanda, também são invocados espíritos de criaturas humanas para receber influências, fluidos, benefícios dos guias, dos protetores. Na capital paulista há mais terreiros de umbanda registrados do que soma de todos os templos das igrejas católicas e protestante e das sinagogas. Atividades desenvolvidas- MÚSICA AFRICANA: A música africana apresenta certos números de instrumentos de percussão. Nas aldeias da África, a música acompanha o dia-a-dia da vida de cada um. Um casamento, um nascimento e até mesmo a morte têm rituais musicais Instrumentos utilizados em algumas tribos: Instrumentos de cordas- Gongje, Mbira, Kalungu e Kissar Instrumentos de percussão – Tambores atmpan, tambor donno, bem como o xilofone. • Atividades desenvolvidas- através da música do “coco” trabalhar os parâmetros musicais: timbre, duração, intensidade, altura e mesclar as propriedades do som. ARTES VISUAIS AFRICANA: A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros e choupanas sagradas.As formas são essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. A manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Existem outras técnicas utilizadas como: cestaria, colagem de tecidos, tapetes, criação de vasos na argila etc. • Atividades desenvolvidas na pintura – fazer faixas com temas geométricos. • Atividades desenvolvidas na escultura- esculpir através da argila formas variadas TEATRO NA ARTE AFRICANA : As “máscaras” são as formas mais conhecidas da plástica africana, são elementos simbólicos, que transforma tanto o bailarino como no teatro, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representado assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. • Atividades desenvolvidas- criar máscaras com formas variadas e através delas criar um personagem. BIBLIOGRAFIA CALABRIA, Carla Paula Brondi . MARTINS, Raquel Valle.Arte brasileira – Arte, História & Produção. FTD, 1997, Vol. 1. CANTELE, Bruna r. Arte Etc. e tal... Ensino Básico de Educação Artística – IBEP Vol. 1,2,3 e 4. DRUMOND, Elvira – Som e Movimento – Atividades para iniciação musical. WIKIPÉDIA, enciclopédia livre.

HISTORIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.

Nessa nova perspectiva de se estudar as culturas africanas de modo mais abrangente e não apenas ao processo de escravidão abre-se espaços para socializar experiências de grupo que até então tiveram sua memória dilapidada pela historiografia tradicional e pela idéia positivista de educação que durante muito tempo reinou em nossa nação. Elementos até então desprovidos ou desmenbrados de sua historia enquanto povo permearam a construção do que hoje chamamos nação brasileira. As referências à educação e escolarização dos negros, por longo tempo, no Brasil, estiveram dispersas em diferentes estudos no campo da historiografia e/ou da sociologia. No campo da história, aparecem, em geral, no âmbito de análises mais amplas sobre sua situação no sistema escravista. Neste contexto os historiadores afirmam que a maioria dos africanos eram iletrados e, segundo as leis coloniais, impedidos de freqüentarem escolas. Analisam que dentro das características do regime colonial a educação era direcionada às elites dirigentes. Sem acesso à escola, seu aprendizado limitava-se ao exercício do trabalho manual pois, “ao senhor interessava que o escravo aprendesse o mínimo necessário para obedecer às ordens da plantação.” (Vainfas, 1986:5) Nas obras sobre história da educação brasileira, as principais referências são que a política educacional de nosso país foi orientada, desde os primeiros tempos, pelos jesuítas e teve como característica marcante o reforço da cultura européia. Nesse contexto não havia nenhuma preocupação com a educação do negro, nem mesmo a da catequese religiosa tão presente, por exemplo, com relação ao índio. Mesmo que, em alguns casos, os negros pudessem ser admitidos nas escolas sua permanência, nela, era dificultada. Na época do Império, embora a Constituição de 1824 garantisse ensino gratuito a todos, na prática ele se reduzia aos filhos dos homens livres pois o Decreto 1331, de 1854 e o Aviso Imperial 144, de 1864, definiam a “proibição de acesso à escola de portadores de doenças contagiosas, escravos e não vacinados.”(Ribeiro, 1984:48). Confirmando essa exclusão o senso de 1872 revelou que sob o número de 1.509.403 escravos existentes, apenas 1.403 sabiam ler e escrever; menos de 1 por 1000.”(CNBB, 1988:12) Considerando-se que as oportunidades educacionais foram historicamente negadas e dificultadas para os negros, em geral, e para as mulheres, em particular, com relação à mulher negra, este quadro é compreensível, embora não se justifique. Embora todas essas dificuldades, os negros sempre se preocuparam com sua educação formal (escolarização) e procuraram formas de conquistá-la. Do mesmo modo que os escravos resistiram de forma sistemática à sua situação material – através de motins, fugas, rebeliões, quilombos – também no setor educacional vamos encontrar formas de resistência negra. No plano social e educacional, uma das medidas mais promissoras e significativas dessa conjunção de forças é a Resolução 10.639/03, que altera a Lei de Diretrizes e Base (9.394/96) e determina a introdução da história da cultura afro-brasileira e africana no currículo do ensino fundamental e médio, público e privado, especialmente nas áreas de Educação Artística, Literatura e História - o que significa, também, incluir a questão racial como objeto de reflexão. Reivindicação antiga dos movimentos nacionais de consciência negra na busca por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, a Resolução 10.639 representa uma oportunidade única de resgatar a contribuição do povo negro na formação e consolidação da sociedade nacional, mas coloca um grande desafio para os educadores brasileiros: superar rapidamente o desconhecimento e a pouca familiaridade com essa temática, bem como, em alguns casos, o preconceito mal disfarçado que continua a existir em amplas camadas da sociedade. De outro lado a força do pensamento de esquerda que ao privilegiar a perspectiva analítica da luta de classes para a compreensão de nossas contradições sociais tornam secundárias as desigualdades raciais obscurecendo o fato da raça social e culturalmente construída ser determinante na configuração da estrutura de classes em nosso país. Essa inscrição e subordinação da racialidade no interior da luta de classes, iniciada inspirando perspectivas militantes que buscam articular raça e classe como elementos estruturantes das desigualdades sociais no país.Mais recentemente economistas vêm qualificando a magnitude dessas desigualdades ao ponto de, neste momento, podermos afirmar que vivemos num país apartado racialmente. De fato, as disparidades nos Índices de Desenvolvimento Humano encontradas para brancos e negros indicam que o segmento da população brasileira auto-declarado branco apresenta em seus indicadores socioeconômicos (renda, expectativa de vida e educação) padrões de desenvolvimento humano compatíveis com os de países como a Bélgica; que o segmento negro da população brasileira auto-declarado negro (pretos+pardos) apresenta um índice de desenvolvimento humano inferior ao de inúmeros países em desenvolvimento como a África do Sul que, há menos de duas décadas, erradicou o regime de apartheid. Os avanços alcançados principalmente no reconhecimento da problemática da desigualdade racial ensejam a atual reação conservadora que busca com monumental aparato deter esse processo e, sobretudo, restabelecer os velhos mitos que nos levaram à situação atual. São neo-gilbertofreireanos que entram em ação num ativismo de novo tipo sobre a questão racial. Na guerra que combatem contra as medidas de promoção da igualdade de oportunidades segundo a raça ou a cor vale tudo: Diz a revista Veja que “Após a abolição da escravatura,em 1888, nunca houve barreiras institucionais aos negros no país. O racismo não conta como aval de nenhum órgão público. Pelo contrário, as eventuais manifestações racistas são punidas na letra da lei.” Alguém reconhece que é do Brasil que a revista fala? Assiste-se portanto, nesse momento, um ativismo de novo tipo: um suposto anti-racismo que se afirma pela negação do racismo existente. Convergem nessa estratégia posições de direita e de esquerda em que classe social ou a cordialidade racial retornam aos discursos para nublar as contradições raciais. Um classismo de direita como o defendido por Ali Kamel se insurge contra as evidências de discriminação racial insistindo que negros e brancos são igualmente pobres por isso discriminados igualmente. Soma-se a ele um classismo supostamente de esquerda o consubstancia como na fala de Demétrio Magnoli para quem a pauta de reivindicações dos movimentos negros é conservadora e de direita. Essa estratégia se beneficia também de um contexto de refração dos movimentos sociais em geral e em particular dos movimentos negros, criando condições positivas para prosperarem velhas ideologias a serviço de novas estratégias de retorno ao passado. Essa ofensiva traz em seu bojo uma convocação à sociedade para um enfrentamento das políticas raciais. Teme-se que essa avalanche conservadora seja suficiente para amedrontar os setores governamentais alinhados com a promoção da igualdade racial e alimentar e potencializar os antagonistas promovendo o retrocesso das políticas raciais no segundo mandato do governo Lula. Muitos alunos ficaram indignados pois "a professora teria levado para a sala de aula revistas erradas", onde não encontravam pessoas negras. Todas revistas apresentadas eram periódicos encontrados nas bancas como: Isto é, Veja, Nova Escola, Superinteressante, Galileu, Cláudia. Coloquei para eles que o fato de não encontrar pessoas negras nas revistas era também entender o estudo proposto. Os alunos disseram que também na televisão, em desfiles de moda e na política, não encontravam muitas pessoas negras. Conseguiram citar apenas alguns como a Preta - da novela, Naomi Camp - da moda e Paulo Paim - deputado federal. Disseram que nunca haviam se dado conta de que era difícil encontrar pessoas negras nos meios de comunicação, com exceção do esporte - fut O Brasil atual é resultante do encontro de culturas e civilizações provindas de quatro continentes: América, Europa, África e Ásia. Neste sentido, podemos comparar o Brasil ao supercontinente pangéia que, há cerca de duzentos milhões de anos, explodiu sob as forças geológicas, dando origem aos continentes atuais. Os representantes desses quatro continentes, isto é, os povos indígenas, os alienígenas de diversos países europeus, os árabes, os africanos deportados e os asiáticos que aqui se encontraram nas condições históricas conhecidas, ou seja, cada um desse componente étnico trouxe sua contribuição na formação do povo e da história do Brasil, na construção da identidade e da cultura brasileiras. Identidade e cultura entendidas no sentido plural e não unitário. É por isso que conhecer o Brasil equivale a conhecer a história e a cultura de cada um desses componentes culturais, tentando cercar e captar suas contribuições na sociedade brasileira. Não vejamos melhor caminho para entender a história social e cultural deste país, a não ser começar pelo estudo de suas matrizes culturais: indígena, européia, africana e asiática. Enfatizando a heterogeneidade do espaço. Porém, não é isso que acontece na história do Brasil até hoje ensinada através da historiografia oficial. Na maioria dos livros e materiais didáticos que "conhecemos", as contribuições dos africanos e seus descendentes brasileiros são geralmente ausentes dos livros didáticos e quando são presentes são apresentadas de um ponto de vista estereotipado e prenconceituoso. Conseqüentemente, os brasileiros de ascendência africana, contrariamente aos de outras ascendências (européia, árabe, asiática, judia, etc.) ficam privados da memória de seus ancestrais no sistema do ensino público oficial, além de acarretar uma baixa auto-estima e a construção de uma identidade negativa. Essa situação justifica a lei nº 10.639/3 promulgada pelo Presidente da República em 2003, isto é, 115 anos depois da abolição da escravidão no Brasil, para reparar essa injustiça causada não apenas aos negros, mas também a todos os brasileiros, tendo em vista que essa história esquecida é um patrimônio de todos os brasileiros sem discriminação de cor. Algumas pesquisas realizadas nos Estados Unidos e no Brasil apontam as dificuldades que as crianças negras têm para se auto-representar através do desenho. Geralmente, eles se auto-representam através dos traços morfológicos da população branca. Nas realidades sócio culturais esboçadas os agrupamentos tais como as favelas os quilombos urbanos e rurais aparecem como configurações territoriais depreciativas desmembradas de um passado e de um presente histórico comum ao descendente africano. O enfoque da história do negro e da África e de suas dinâmicas culturais, configurações territoriais, e espaços sociais podem ser apresentados através da imagem colaborando desta forma na re-memoração da história da população negra, na re-construção da identidade afro-descendente bem como na apreensão do conhecimento.

MASCARAS AFRICANAS: TRABALHO DA PROFESSORA SANDRA DE ARTES - COLÉGIO ALBINO FEIJÓ

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Vikings: a fúria nórdica
Novas pesquisas históricas revelam: os escandinavos que assolaram a Europa medieval eram refinados artistas, comerciantes arrojados e, provavelmente, foram os primeiros europeus a colocar os pés na América, 500 anos antes de Colombo.
Novas pesquisas históricas revelam: os escandinavos que assolaram a Europa medieval eram refinados artistas, comerciantes arrojados e, provavelmente, foram os primeiros europeus a colocar os pés na América, 500 anos antes de Colombo.
Proteja-nos, Senhor, da fúria dos homens do Norte. Eles devastam nosso país, matam nossas mulheres, crianças e velhos." A partir do século VIII todas as capelas da Inglaterra integraram essa nova prece a suas rezas. Os monastérios estavam em perigo e os reinos tornavam-se vulneráveis aos destemidos homens vindos do frio, que aterrorizavam com seus barcos ágeis e machados certeiros as tênues fronteiras do ocidente medieval. O mito viking, cruel e sanguinário, atravessou os tempos, acentuado pelo romantismo e pelo nacionalismo dos países escandinavos do século passado e chegou incólume aos nossos dias. Bárbaros, arrebatados, intratáveis e resolutos, os protegidos de Thor, o deus do raio, só hoje, à luz de uma Europa que não cessa de revisar sua história, encontram adjetivos mais amenos."Eles eram poetas eminentes, finos artesãos e negociantes habilidosos", afirma o historiador Jean-Pierre Mohen, diretor do Museu Nacional de Antigüidades, de Saint-Germain-en-Laye, a 20 quilômetros de Paris. "A violência, aliás, não era exclusividade viking na Idade Média." Mohen vai mais longe. Junto com outros estudiosos, ele quer desmistificar a história e revelar a "complexa e avançada organização escandinava, que durante cerca de 300 anos se espalhou da Rússia à América do Norte, integrando-se a paisagens e costumes os mais diversos". Os temidos homens que conquistaram a Inglaterra, cercaram Paris e colonizaram a Islândia, tinham também outras vocações: comerciavam, desenvolveram técnicas navais inovadoras e, acima de tudo, eram donos de uma singular capacidade de adaptação.Vik, na antiga língua dos suecos, noruegueses e dinamarqueses, quer dizer " expedição guerreira pelo mar". Viking qualifica o homem que toma parte nessa expedição, protagonista de uma era de incursões que levou seus barcos, os famosos knorr, a singrarem rios, lagos e mares de todo o mundo ocidental. Para os outros povos da Europa, uma era de terror, que começa em 8 de junho de 793 com o saque do monastério de Lindisfarne, na costa oriental inglesa alastra-se pela ilha britânica e finalmente chega avassaladora ao continente, devastando o reino franco de Carlos Magno (742-814) e cidades da Península Ibérica muçulmana como Lisboa, Sevilha e Valência. São muitas as hipóteses que tentam explicar essa marcha inexorável em direção à aventura. Uma delas é a de que, no começo do século IX, o clima nórdico tenha se tornado ameno, propiciando colheitas abundantes e diminuindo a mortalidade. Numa sociedade poligâmica como a viking, isso significou não só o aumento da população, mas também do número de despossuídos. Como entre os nórdicos a herança cabia somente ao filho mais velho, aos outros integrantes da prole restava a alternativa de procurar fortuna em terras distantes. E só um havia um caminho a seguir: o mar.É importante lembrar sua natureza marítimo", argumenta Jean - Pierre Mohen. "Os escandinavos se habituaram ao deslocamento por barcos, pois o transporte terrestre em sua região era difícil." Segundo Regis Boyer, diretor do Instituto de Línguas, Literatura e Civilização Escandinavas na Universidade de Paris - Sorbonne, seus barcos eram uma arma absoluta. "Ágeis e leves, os knorr permitiam ataques de surpresa e fugas ligeiras." Com pouco mais de 20 metros de comprimento e 5 de largura, comportavam setenta tripulantes e deixavam perplexos os inimigos, que passaram a chamá-los de serpentes, tamanha a graça com que afrontavam os caprichos das águas. Apesar de seu peso de 9 toneladas vazio, ou 18 carregado, o knorr não mantinha mais do que 95 centímetros do casco submerso, detalhe importante para quem se serviu também de atalhos como rios rasos para penetrar profundamente o território europeu. Foi pelo Rio Sena, por exemplo, que em 885 uma esquadra de 700 knorr, manobrada por 30 000 dinamarqueses. cercou Paris, então uma pequena cidade fortificada, que resistiu miraculosamente durante meses graças à tenacidade heróica do marquês de Eudes, à frente de uma minguada cavalaria de 200 homens.
Construídos em carvalho, no casco, e pinho nos remos e leme, os knorr tinham ainda outras particularidades. Para agilizar o desembarque, os remos podiam ser recolhidos de dentro do barco: os buracos por onde passavam eram desenhados com fendas, de maneira a encaixar as pás. O casco, de tábuas imbricadas como telhas num telhado e calafetadas com raízes embebidas em goma vegetal, era praticamente impermeável, enquanto o mastro, com 10 a 13 metros de altura, ficava fixado por uma trava de madeira maleável. Com isso, se curvava levemente com a vela, oferecendo menor resistência ao vento e tornando a embarcação menos vulnerável às tempestades.
Se a técnica era apurada, as instalações a bordo não eram propriamente confortáveis. Não havia convés e os homens eram obrigados a disputar cada centímetro com cavalos e até vacas. Mesmo carregado, o knorr era extremamente prático", explica Mohen. De fato, o barco escandinavo podia ser remado para a frente ou para trás sem fazer a volta e era muito veloz. Na proa e na popa, iam as cabeças de dragão removíveis daí o nome drakkar, usado pelos franceses para defini-los. As cabeças eram instaladas para afugentar maus espíritos quando a frota chegava às nações inimigas. Já a caminho de casa, guardavam-se as armas contra o sobrenatural.As famosas sagas vikings histórias heróicas transmitidas oralmente, de pai para filho, até a aparição da escrita latina, quando viraram literatura testemunham o valor dos knorr. Eram necessárias associações de dois ou mais guerreiros para construí-los, pois custavam uma verdadeira fortuna. Os mais belos barcos eram temas de longos relatos, como na saga do rei Olavo Tryggvason e seu knorr, chamado Longa Serpente. Serviam também de túmulo para seus proprietários, reis e cidadãos eméritos, enterrados neles com seus pertences, jóias e, eventualmente, um escravo "voluntário" para acompanhá-lo ao Valhala a Mansão dos Mortos , onde os combatentes eram recebidos por amazonas chamadas valquírias.
A primeira metade do século IX foi marcada pela incursão de dinamarqueses, suecos e noruegueses pelo mundo até então conhecido. Os primeiros chegaram em 843 ao que hoje corresponde à França. As cidades de Rouen, Chartres e Tours, foram devastadas. Nem a diplomacia do rei Carlos II, o Calvo (823- 877), neto de Carlos Magno, nem os tributos pagos para que se retirassem lograram impedir o avanço dos vikings. Na Inglaterra, os dinamarqueses conquistaram cidades como Derby, Leicester, Lincoln, Stamford e Nottingham e fizeram delas quartéis - generais para suas infindáveis lutas contra ingleses e noruegueses, também pretendentes à ilha.Com o tempo, porém, o cristianismo se revelou uma eficiente arma para amainar a fúria nórdica. Principalmente depois que os vikings começaram a se estabelecer onde antes apenas saqueavam. O chefe norueguês Rolão só desistiu dos ataques ao território francês depois de seu batismo e a assinatura, em 911, do Tratado de Saint - Clair - sur - Epte, que legou a Nêustria, atual Normandia, no noroeste do país, a seus homens. "Como vassalos de Carlos, o Simples (879-929), eles provaram sua capacidade de adaptação. Tornaram- se agricultores, defenderam suas terras e em pouco tempo adotaram a língua e os hábitos da região", explica Jean - Pierre Mohen. A transformação, no entanto, foi bem mais profunda. Enquanto na Escandinávia as leis eram protegidas por uma assembléia do povo, conhecida por Thing, na França o poder tornou-se feudal e autoritário, e a antiga organização política, considerada hoje como a mais avançada da época, foi abandonada. "Este sistema, onde a monarquia coexiste com a democracia direta, ainda é a base da política atual dos países nórdicos", completa Moben.Ao mesmo tempo, como numa frente de batalha do tamanho de um continente, outro povo escandinavo se apoderava do leste europeu desta vez sem invasões. "O rus, como eram chamados os suecos, partiram em busca de rotas de comércio na direção leste", conta Mohen. Os próprios eslavos, habitantes daquela região, teriam pedido aos suecos que reinassem em suas terras, dilapidadas por guerras internas. Eles não só aceitaram o convite como criaram uma das mais promissores teias comerciais da Europa Oriental, com rotas ligando o Mar do Norte tanto a Bizâncio quanto ao Mar Cáspio e às caravanas vindas de Bagdá. Centro de todo esse movimento, Kiev tornou-se uma das cidades mais ricas da Europa e serviu de base para o que, mais tarde, viria a se chamar Rússia.Do outro lado do globo, o terceiro tentáculo nórdico preparava, na mesma época, um dos mais importantes feitos da era viking embora o reconhecimento só tenha vindo após dez séculos de história. Consagrados aventureiros, os noruegueses preferiam colonizar a conquistar. Instalaram-se nas terras vazias da Islândia, descobriram e povoaram a Groenlândia e, de lá, alcançaram, 500 anos antes de Colombo, o continente americano. A grande saga do islandês Eric, o Vermelho, detalha o caminho traçado por ele e confirmado pela presença de habitações nórdicas na ilha de Terra Nova, costa canadense. Condenado a três anos de exílio por assassinato, ele resolveu seguir os passos de um marinheiro que anos antes avistara uma terra estranha durante uma tempestade que o tirou de sua rota original.
Em 982, Eric deparou com os fiordes verdejantes da maior ilha do mundo, batizada por ele Groenland, a Terra Verde e ali se estabeleceu. Cumprida a pena, voltou à Islândia, onde recrutou colonos para povoar a Groenlândia. Quinhentos homens e mulheres, em 25 navios, partiram na primavera, mas só quinze naus chegaram ao destino para fundar pequenas aldeias e viver do comércio de peles e presas de morsa e narval com a Escandinávia e a Europa. Leifr, um dos filhos de Eric, costumava levar a mercadoria ao outro lado do oceano. Movidos pelo mais visceral dos ímpetos vikings a aventura , pai e filho prepararam cuidadosamente uma viagem conjunta rumo ao oeste.Como Eric tinha quebrado uma perna num tombo de cavalo, Leifr partiu sozinho. Primeiro, descobriu uma terra árida, varrida pelo vento: Helluland. Segundo o historiador Régis Boyer, poderia ter sido a península canadense do Labrador. A esquadra seguiu para o sul até uma ilha de pastagens verdes e cheia de parreiras, o Vinland ou Terra da Vinha. De volta à Groenlândia, Leifr, que será conhecido como O Sortudo, tratou de arrebanhar colonos para ocupar o novo território. Provavelmente, se instalaram onde hoje fica o sitio arqueológico de Anse - aux - Meadows, no norte da Terra Nova. Descoberto em 1960, as escavações revelaram ruínas de oito casas, cada uma com cerca de 20 metros de comprimento, datadas, com análises de carbono -14, do ano 1000. Na época, esquimós e indígenas não construíam grandes habitações. Já os vikings, moravam em espécies de comunidades familiares, onde marido, esposa, concubinas e filhos dividiam o mesmo espaço.De acordo com a Saga de Eric, o Vermelho, porém, os noruegueses de Terra Nova tinham de afrontar os rigores das intermináveis travessias entre a América do Norte e a Groenlândia para vender suas mercadorias. Também depararam com a acolhida pouca calorosa da população local os Skraelingar, ou "os horríveis" nome usado indistintamente para índios e esquimós. "Eram homens negros e hediondos, de terrível cabeleira. Eles tinham grandes olhos e maçãs do rosto largas. Ficavam parados, olhando maravilhados as pessoas que estavam a sua frente." Isolados e acuados, os colonizadores acabaram abandonando o Vinland. "Quando os últimos vikings partiram, estas viagens viraram lenda", conta Jean - Pierre Mohen "Mas hoje estão mais que confirmadas e fazem parte da realidade."A era dos grandes conquistadores do norte acabaria tão bruscamente como começou. A Europa, passado o susto inicial e fortificada com o fim da disputa pelo poder que sucedeu a morte de Carlos Magno, tratou de criar defesas, enquanto os escandinavos se convertiam ao catolicismo em busca de alianças duradouras. Aos poucos, o norte passou a fazer parte da organização ocidental", explica Mohen. A morte de Ingvar, o Viajante, na Síria, em 1041, marca o fim do domínio viking e o começo de um fantástico mito." A antiga língua falada na Escandinávia, assim como as runas caracteres de uma escrita germânica usada pelos nórdicos , foram abandonados em favor da língua européia e do latim. Da aventura nórdica, restou um escrito, a Edda, poemas heróicos compostos no século XIII pelo historiador islandês Snorri Sturluson, que revelam 200 anos de glória. Quando a aventura acabou, uma outra epopéia estava começando: a construção da Europa como a conhecemos hoje", conclui Mohen.
A religião, a religiosidade e os sistemas religiosos : A humanidade sofre com o desconhecimento das causas dos seus problemas. Este sofrer lhe remete a uma busca desesperada por soluções, por mitos e ou santos que lhe propiciem curas milagrosas, bem como soluções inesperadas para problemas previsíveis. Surge neste momento a Religião.O que é Religião e o que chamamos de religiosidade? A Religião é um processo relacional desenvolvido entre o Homem e os poderes por ele considerados sobre humanos, no qual se estabelece uma dependência ou uma relação de dependência. Essa relação se expressa através de emoções como confiança e medo, através de conceitos como moral e ética, e finalmente através de ações (cultos ou atividades pré estabelecidas, ritos ou reuniões solenes e festividades). A Religião é a expressão de que a consciência humana registra a sua relação com o inefável, demonstrando a sua convicção nos poderes que lhes são transcendentes. Esta transcendência é tão forte, que povoa a cultura humana.
Alguns teólogos defendem a idéia de que: “A Existência de Deus é uma necessidade”, no entanto queremos enfatiza-la como “A Necessidade”, porque nenhuma outra por mais sublime que a seja, equiparasse com a existência da “Vida de todas as vidas”. Podemos compreender que através da aceitação de Deus ou de um ser sobre humano, o ser humano consegue atribuir sentido metafísico às coisas. Sentido este que exorta a extrapolação do sensorial. Fora disto, tudo é vazio e não há compreensão que abarque a “inexistência como existente” e o acaso como responsável por todas as coisas.Haveremos, porém, de considerar que as coisas metafísicas no sentido adotado exigem uma percepção metafísica. Exigem por si só, funções mentais não cognitivas que possibilitem ao Homem abstrair do mundo como ele está. Muitas vezes a percepção advinda destas faculdades, levam a percepções que fogem ao senso comum ou a percepção das massas. Diante deste paradoxo, o Homem que vivencia o Processo Religare (a dinâmica de desenvolvimento da consciência superlativa, em direção ao criador) é comumente chamado de louco, como se os outros que não enxergam o que ele vê não o fossem, em verdade.
Alguns Homens se consideram capazes de estabelecer uma espécie de intermédio nesta dinâmica, no entanto, estes Homens desconhecem que todo criador deixa grafada em sua obra, uma assinatura que o diferencia dos outros. Queremos dizer com isto, que a relação do criador cósmico com a criatura, deixa uma relação implícita ao ser humano. E é esta relação, que é verdadeiramente, a Religião.Então o que se vê institucionalizado em: Templos, Congregações, Núcleos, Igrejas e Centros não são a Religião porque esta é um processo pessoal, mas um Sistema Religioso. Toda referência à palavra Religião feita neste texto, será uma referência à expressão: Processo Religare, que enfatizamos ser a dinâmica de ampliação dos níveis de consciência para percepção da divindade. Um sistema religioso é caracterizado por elementos que expressem Religião, mesmo que este não seja o seu objetivo. Todo e qualquer sistema filosófico e científico que contenha elementos de Religião, é um sistema religioso. Observamos diante disto que muitas coisas podem ser elementos de Religião. Os livros sagrados, os marcos históricos, os personagens históricos, alguns objetos (santo Graal, lança sagrada, cruzes,...), são todos eles fonte de Religião, mas podem gerar ou não religiosidade.
A religiosidade é uma qualidade do indivíduo que é caracterizada pela disposição ou tendência do mesmo, para perseguir a sua própria Religião ou a integrar-se às coisas sagradas. Precisamos diferir o ser possuidor de religiosidade, do religioso, que é fruto do sistema religioso.O religioso é um fanático, que não compreende e não respeita o Processo Religare do próximo. Ele se torna intolerante e não aceita as práticas religiosas de outros indivíduos, considerando o seu caminho único e inquestionável. Acontece, com isto, que alguns sistemas religiosos podem gerar indivíduos de religiosidade, mas como os religiosos se apegam ao poder e as fórmulas, tendem a manipular as mentes atormentadas e sofredoras, obrigando a todo aquele que não esteja em sintonia com seus ideais a se tornarem submissos. Daí as crises e a intolerância religiosa. Os religiosos são de fato os grandes causadores de problema, aliados aos seus sistemas religiosos.Não raro observamos este ou aquele sistema religioso apregoar ser o caminho de transformação da humanidade. Em verdade ele poderá ser "Um caminho" e não "O caminho" por que um sistema expressa as necessidades dos elementos constituintes do seu conjunto. Em decorrência disto não existe o melhor sistema religioso, mas o que mais se adeque ao entendimento e ao despertamento de consciência do indivíduo que o procura.
Existem nos sistemas religiosos, alguns elementos de Religião que podem ser autênticos. Estes elementos podem despertar a Religião, mas que com o tempo podem degenerar, porque para compreender o Processo Religare, é necessário transportar a consciência para um patamar mais desenvolvido.Os estudiosos separam a prática religiosa do sistema religioso. Esta primeira pode inclusive conter dissonâncias críticas da segunda, destoando em idéias e em implementações da proposta dos seus criadores. Por isto, defendemos a posição de que o cristianismo primitivo foi perdido, por que ele foi adulterado pelos Homens, que dão sua própria interpretação daquilo que não compreendem. Mas, enquanto as palavras e as idéias não são respeitadas e enquanto o ser humano se apega a práticas exteriores e não vivência elas no seu interior, ele será sempre um ser a parte da criação e Deus será o déspota cruel, que manipula o Homem ao seu bel prazer.Dissemos que a Religião (do grego religare) é o processo de interligação do ser humano com o criador. Mas afinal de contas, será que o Homem está separado de Deus? Então qual o real significado do Processo Religare ou Religião?Desde o término do século XIX, muitos estudos científicos ficaram voltados ao entendimento da chamada consciência. É bem verdade que a grande maioria deles, complicou muito mais o entendimento do que outra coisa. Quando exortamos a expressão consciência, queremos nos referir a capacidade do ser humano relacionar-se com o mundo exterior, de forma: equilibrada, harmônica e plena. Então, toda relação consciente propicia ao indivíduo:
• O desapego de si mesmo e do outro,• A compreensão do contexto o qual experimenta, • A acessibilidade dos registros mentais, concernente à diversidade de experimentações nos planos do existir do Homem (Espírito, Alma e Corpo Físico); A integração e o desenvolvimento com as faculdades do ser.
Esta consciência é então, fruto da relação do ser consigo mesmo, com o seu próximo e com o criador. É bem verdade que o influxo cósmico do criador, exerce uma dinâmica “inconsciente”, isto é, a relação de Deus com o Homem, é imanente a natureza humana, enquanto as relações: consigo mesmo e com o próximo, são aprimoradas no próprio viver. Podemos concluir que é mais natural relacionarmo-nos com Deus, do que conosco ou com o próximo, por que somos naturalmente divinos e não naturalmente humanos. A questão é: até identificarmos isto, nos portamos mais como animais do que seres humanos ou deuses.
O estado de humanidade é uma qualidade adquirida pela alma, pelo somatório das suas faculdades físicas, psíquicas, morais e espirituais. Podemos dizer, que a grande maioria dos indivíduos são potencialmente humanos, porque estão munidos das qualidades necessárias para tal, mas não a usam.O Processo Religare nada mais é do que o desenvolvimento das faculdades psíquicas da alma, que o tornem sensível à percepção da sua relação com Deus. Logo, entendemos diante disto, que não nos afastamos de Deus, mas nos relacionamos com ele inconscientemente, sendo que o nosso verdadeiro trabalho é conscientizarmo-nos desta relação, para tornarmo-nos merecedores de suas benesses.Deste entendimento, podemos inferir que há um desenvolvimento da humanidade do Ser, que lhe remete a um estado “além-do-homem”, parodiando o filósofo alemão. O Processo Religare nos remeteria diretamente a uma transição do Ser, ao vir a Ser, que levaria o ser a uma divinização, ou melhor, a um estado de imutabilização ou iluminação. Entendamos, que imutabilizar-se não significa ser imutável, que é um atributo divino, mas harmonizam-se com a vibração cósmica Dele.
Diante disto, poderemos concluir que este relacionamento não é passivo, mas ativo, acarretando por isto em algumas seqüelas. Estas seqüelas são apercebidas a nível subconsciente e “vazam” para a chamada consciência objetiva. A consciência objetiva é o estado de percepção mental o qual captamos impressões sensoriais e traduzimos em informação (ou experiência). As seqüelas que vazam do subconsciente para a consciência objetiva, são em verdade “somatizadas” (transferidas do estado psíquico para o físico).Desta relação entre a consciência cósmica e a consciência objetiva, surgem os sonhos e as alucinações, que acarretam em alterações na consciência humana. É bem verdade que existem outros fatores de alteração dos padrões de consciência, mas podemos afirmar que o estado evolutivo da alma é mensurado pela qualidade de seu sono e pela sua capacidade de aperceber-se da realidade.Enquanto estamos dormindo, a alma se encontra liberta das estruturas físicas que a aprisionam, deixando aflorar o padrão simbólico “subconsciente” ao qual o ser humano está afim. Esotericamente, dizemos que a consciência cósmica (ou inconsciente coletivo) emana um padrão vibratório superior, mas o Ser Humano apenas captará a freqüência vibratória correlata ao seu grau de consciência. Daí, quando a alma está liberta ou estamos adormecidos materialmente, captamos a imagem que realmente nos atormenta ou nos liberta. Concluímos com isto, que os pesadelos ou os belos sonhos são expressões do subconsciente, daquilo que realmente desejamos. A partir do reconhecimento destes desejos do subconsciente, direcionamos o padrão comportamental de nossa existência.
Em contrapartida, quando estamos acordados, as faculdades sensoriais ou objetivas, se tornam o nosso alicerce a percepção das coisas como elas estão. Entendamos que tudo no universo possui movimento, movimento este que expressa o grau evolutivo das coisas como elas estão. Se, estivermos em harmonia, concentrados no objeto que desejamos nos apercebermos, os nossos sentidos o captarão de maneira totalitária. Caso contrário, os nossos sentidos tenderão a fragmentar a informação, que será composta pelo cérebro humano. Estas informações fragmentárias, revelam parcialmente a natureza do objeto como ele é e das coisas como elas são, fazendo o indivíduo ter uma percepção relativa do mundo que o cerca. Queremos dizer com isto que: para se ter um olfato pleno, não basta apenas captar o cheiro exalado por um objeto, mas concentrar-se com todos os sentidos no que ele é. Desta forma, a natureza das coisas se descortinará o Ser Humano, aflorando então a consciência cósmica. Desta dinâmica entre a consciência cósmica e a consciência objetiva, podemos compreender que acarretam alterações comportamentais. Estas alterações comportamentais desencadeiam as famosas nóias, ou estados comportamentais (a ortonóia - estagnação mental, a paranóia - perturbação mental, a metanóia -iluminação).
Toda existência do Ser Humano é pautada nesta dinâmica, mas podemos nos aperceber com mais intensidade no simbolismo arcaico das religiões.O simbolismo arcaico das religiões é o arcabouço dos símbolos de Religião, adotados pela humanidade como fontes de religiosidade. Ao estudarmos a gênese descrita nos livros sagrados dos sistemas religiosos, observamos alguns elementos similares, frutos de uma fonte comum. Estes símbolos se tornaram sagrados para a humanidade (ou parte dela). Uma coisa interessante é quando o símbolo deixa de ser estático ou inativo e passa a ser um elemento ativo do sistema religioso, através das ritualísticas e práticas religiosas.As ritualísticas e as práticas religiosas se tornam referências sociais e marcos que podem atrasar ou impulsionar um grupo social, a grandes mudanças comportamentais. É importante ressaltar, que muitas vezes a apreensão e o entendimento dos princípios envoltos na ritualística e nas práticas religiosas nos são desconhecidos por muitos, tornando a sua prática mecânica e dissociada do seu principal objetivo que é o de despertar uma compreensão superlativa a cerca da vida e da existência do indivíduo. Daí a surgir o fanatismo religioso e no outro extremo o ateísmo e a heresia, que no fundo são a mesma coisa: indivíduos que não compreendem a prática de um ou vários sistemas religiosos.
Pelos motivos acima citados, o sagrado torna-se vultuoso. O sagrado é tudo aquilo que é consagrado à divindade, que possua uma referência ou simbolismo venerável. Um objeto, um rito, uma pessoa, que sejam considerados sagrados e se tornam referência, fruto de admiração e de cobiça, seja no plano do ter, seja no plano do estar ou ainda do equivaler-se.
As grandes navegações.
Contexto Histórico
- europeus em busca de especiarias (cravo, canela, pimenta, noz-moscada)
- Pioneirismo de Portugal : caravelas, experiência, dinheiro
- Escola de Sagres - estudos náuticos
- Apoio dos reis (queriam mais impostos) e Igreja Católica (queria mais fiéis)
Planejamento das Navegações
- Necessidade de conhecimentos de Astronomia
- Desenvolvimento de Instrumentos de navegação: astrolábio, bússola e balestilha
- As Caravelas : mais resistentes e maior capacidade de transporte
- Desafios : desconhecimento, monstros (imaginário), terra plana, tempestades
“Descobrimentos” de Portugal
- Vasco da Gama (1498) – Índias - contornando a África
- Cabral (1500) – Chega ao Brasil de passagem para as Índias (viagem de reconhecimento)
- Portugal : lucros fabulosos com o comércio de especiarias e maior potência da época
“Descobrimentos” da Espanha
- Cristovão Colombo chega à América (1492)
- Projeto era: chegar às Índias, navegando para o Oeste
- Encontro de culturas (“choque cultural”) – Europeus X Indígenas

A Guerra de Conquista
- Primeiros Contatos com os indígenas: amistosos e amigáveis
- Conquista espanhola: uso de armas de fogo e transmissão de doenças,
- Objetivo: ouro e terras dos Incas, Maias e Asteca
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