segunda-feira, 2 de novembro de 2009

VENHA NOS AJUDAR A MELHORAR - DE SUGESTÕES

Plano de Trabalho Docente: Historia.
Eixo Temático: Historia e cultura afro-brasileira e africana da pluralidade étnico-racial a identidade brasileira.
Objetivos Gerais:
- Entender que O histórico cultural do país marca uma trajetória de grandes realizações e concepções, com referências entre diferentes vertentes culturais entre negros, brancos, índios, asiáticos e outros que dão jus ao conceito de miscigenação.
- Visualizar a África é um continente economicamente e culturalmente rico, pois apresenta uma diversidade de riquezas minerais, como petróleo e pedras preciosas. Seus habitantes, ao contrário do outros pensam, são inteligentes, criativos e trabalhadores, porém com a colonização, as terras africanas foram dominadas e perderam cerca de 60 milhões de habitantes devido o tráfico negreiro escravo.
- Entender a inserção da Lei 10.639 é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, como outras que direta ou indiretamente contribuíram ( contribuem) para a formação da identidade cultural brasileira.
Objetivos específicos:
- fazer um resgate histórico para que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria história.
- destacados as lutas dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro as áreas social, econômica e política, pertencentes, também à História do Brasil.
- Despertar no aluno uma consciência mais étnica e ampla no que refere as questões de etnia e pluralidade.
- Levar os alunos a se reconhecer na diferenças.
- Que o aluno obtenha maior conhecimento da cultura africana e da cultura produzida pelos afro-descendentes.
- Que o aluno reconheça no Brasil um emaranhado de cores, credos e raças.
- Compreender a sociedade, sua gênese e transformação como um processo aberto, ainda que historicamente condicionado e os múltiplos fatores que nelas intervém, como produtos das contradições que alimentam a ação humana; a si mesmo como protagonista agente social; e os processos sociais como orientadores da dinâmica da conflitualidade dos interesses dos diferentes grupos sociais.
Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- Trabalhar a interculturalidade e mostrar como a diversidade cultural tem contribuído para a formação de nossa sociedade é um importante passo para demonstrar que a integração, assim como o respeito entre as culturas são fatores essenciais e agregadores para uma sociedade mais justa.
- Sistemas sociais e culturais de notação do tempo ao longo da historia
As diferentes linguagens das fontes mapas, imagens, entrevistas
Mito, memória e historia.
- Observar e analisar os mapas do continente africano é um recurso que pode ser desdobrado em diferentes atividades e projetos em relação às diversas idades e níveis de ensino, pois assim despertará a curiosidade e o questionamento que os levará a levantar argumentações sobre a distribuição do território, levantar hipóteses sobre as mudanças ocorridas e assim fazer uma releitura da questão racial.
- A reconstrução de uma outra visão (outro olhar) sobre as religiões, com o intuito de respeitar e valorizar as diferentes formas de culto religioso segundo as distintas civilizações (ecumenismo), bem como a não “demonização” das religiões diferentes da hegemônica é possível.
- a história e a cultura dos povos que habitaram o continente africano. A vida em sociedade, os rituais religiosos, as máscaras, organização social e a rica mitologia africana.
- A historia do continente africano, o berço da civilização.
- Os povos berberes, bantos, os soninkés e o Império de Gana.
- A riqueza da civilização egípcia.
6ª. Série:
- Analise e leituras sobre as experiências geradas pela intervenção qualificada de organizações do Movimento Negro.
- Discutir o surgimento e o embasamento da idéia das chamadas raças humanas.
- Relacionar educação e a diversidade étnico-racial.
- resgatar a participação deste povo dentro dos ciclos econômicos vivenciados, pois analisaremos que foi a mão de obra negra que impulsionou a produção de riqueza para os povos “dominantes.
- mostrar para todos a participação da população negra na construção da história, a presença negra nas artes, na música, na religião, na moda e na dança.
- Considerar os mais diversos elementos presentes nas práticas, como a alimentação, o vestuário, a oralidade, a gestualidade, sonoridade, odores ou sabores, são sinais que permitem decifrar a diversidade e a complexidade da realidade histórica da população afro-brasileira.
- A cultura inter-racial e o sincretismo religioso, social e político do Brasil dos primeiros tempos.
- A noção de ancestralidade para os africanos.
7ª. Série:
- Levar os alunos a entenderem Os argumentos ideológicos que sustentaram(am) o discurso da inferioridade da raça negra, negaram(am) as particularidades do escravismo dos negros africanos inseridos no capitalismo mercantil e ignoraram(am) a contribuição dos povos africanos na criação e sustentação de civilizações, advieram da necessidade dos povos europeus justificarem sua hipotética superioridade.
- Situar a África como um continente dividido em países com línguas e culturas diversas, assim como são a Europa, a América e a Ásia, é um dos primeiros passos para desmontar a visão de que todos os negros são iguais e, portanto, não se precisa ser específico em relação aos africanos, como é em relação aos outros grupos étnicos.
- as formas de resistência à escravidão.
- As escolas de samba também foram e são consideradas importantes centros que congregam negros, proporcionando a eles um espaço de sociabilidade e interação cultural.
- A diáspora africana.
- A escravidão no Brasil.
- A libertação dos escravos brasileiros.
8ª. Série:
- Entender que os meios de comunicação estão entre os principais transmissores da cultura de um país e que constroem e desconstroem esteriotipos.
- Retomando as discussões acerca da ancestralidade.
- Políticas afirmativas e a lei 10.639.
- O negro no Brasil contemporâneo.
- Mercado de trabalho e as questões raciais no Brasil.
- As comunidades quilombolas no Brasil e seus processos de reconhecimento.
- A apartheid na África do Sul.
METODOLOGIAS:
- Aulas expositivas.
- Analise e relatórios de vídeos.
- Analises de textos e documentos históricos acerca do tema.
- Dinâmicas de grupo.
- Produção textual.
Avaliações:
- Analises de produções escritas.
- Relatório de vídeos e filmes.
- Avaliação descritiva.
- Trabalhos em grupos.
- Elaboração e confecção de cartazes.

Elaboração e Revisão: Prof. César Eduardo Pinheiro

cOLABORE CONOSCO NA MELHORA DESSES PTD.

Plano De Trabalho Docente: Matematica
Eixo Temático: Educação Para As Relações Étnico-Raciais
Objetivos Gerais:
- No continente africano as bases numéricas e as geometrias são diversas, mas existem em todos os povos, elaborados em lógicas e formas de exposição que ficam de às vezes de difícil interpretação para quem foi formado na cultura brasileira ocidental. Esta dificuldade de interpretação e compreensão da forma de exposição levou por muito tempo a conclusão errônea sobre a inexistência de conhecimentos matemáticos importantes nestas culturas. O grande objetivo e mostrar de que forma esses povos contruiram sua noção matemática.
- Nas sociedades africanas tradicionais esta formação de especialista no jogo dura períodos de ate 20 anos. Mas e existência de uma estrutura numérica 2, 4, e 16 nos terreiros poderia ser tido como simples coincidência. Assim seria, mas não é. Não o é dado o conhecimento pelos africanos de jogos de tabuleiros com esta estrutura de 16 casas e jogados com dois elementos, nos quais se podem fazer cálculos em diversas bases numéricas, em particular na base binária. O conhecimento do equivalente a álgebra de Boole, Ocidental, nas sociedades africanas é possível que date de mais de 3000 anos. Esse conhecimento deve ser transmitido aos alunos.
- Levar o aluno a conhecer a etnomatematica. Afroetnomatemática é a área da pesquisa que estuda os aportes de africanos e afrodescendentes à Matemática e à informática, como também desenvolve conhecimento sobre o ensino e o aprendizado da matemática, da física e da informática nos territórios da maioria dos afrodescendentes. Os usos culturais que facilitam os aprendizados e os ensinos da matemática nestas áreas de população, de maioria afrodescendente, é a principal preocupação desta área do conhecimento.
- Uma das principais buscas da etnomatemática é ouvir a voz dos sujeitos dos grupos estudados, ou seja, a legitimação dos conhecimentos do outros e de seu modo de interpretar (matematicamente) a realidade.


Objetivos específicos:
- exercício de sua autonomia.
- legitimação de saberes construídos socialmente.
- Trabalhar na perspectiva etnomatemática.. Reconhecimento dos saberes de grupos específicos, em dar visibilidade a saberes invisíveis, congelados, particularmente daqueles grupos sociais em situação de desvantagem ou subordinação quanto ao capital social, cultural e econômico (Knijnik, 1996).
- Levar os alunos a compreender as diferenças existentes no Brasil e nas diversas etnias que compõem nossa nação e saber relaciona-la as africanidades.
- Ensinar aos alunos a interpretar de forma critica gráficos, estatísticas e relaciona-las a sua realidade.


Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- Origem da matemática e as formas como ela é trabalhada na África e no Brasil.
- Cálculos dos percursos percorridos pelos negros até chegar ao Brasil.
- refazer concepções relativas à população negra, forjadas com base em preconceitos




6ª. Série:
- Analisar as diferenças climáticas do Brasil para a África e trabalhar com proporcionalidade na analise territorial dos dois paises.
- Realizar trabalhos com índices sociais e de emprego nas populações afrodescendentes.
- conhecer e aprender a respeitar as expressões culturais negras que compõem a história e a vida de nosso país, mas, no entanto, são pouco valorizadas;





7ª. Série:
- Estatísticas sobre a população afro-brasileira.
- Proporções de raças, cores e credos no Brasil atual.
- Ao desenvolver conteúdos de Matemática, se o professor estiver atento às africanidades Brasileiras, poderá valer-se, certamente, de obras, ainda raras entre nós, que mostram construções matemáticas africanas de diferentes culturas. Com isso, os alunos irão aprendendo diferentes caminhos trilhados pela humanidade, através de povos de diferentes culturas, para a construção dos conhecimentos que vêm acumulando.
- compreender e respeitar diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar;




8ª. Série:
- Pesquisas, analise e tabulações de dados relacionados a escolaridade das sociedades afro-brasileiras.
- Analises criticas das estatísticas e dados do IBGE.
- Construção de gráficos e tabulações de dados sobre a realidade escolar.
- Incentivar a observação da vida cotidiana, observações no contexto da sala de aula, a elaboração de conclusões, a comparação entre concepções construídas tanto a partir do senso comum como a partir do estudo sistemático.
- discutir as relações étnicas, no Brasil, e analisar a perversidade da assim designada democracia racial;


METODOLOGIAS:
- Procurar infográficos ou material de referência, sobre aquelas fórmulas complexas, para publicar em um blog, para os seus alunos em momento oportuno.
- Usar a tecnologia é que podemos nos planejar para usar esses recursos, de maneira a facilitar o aprendizado.
- Planejar uma aula participativa, utilizando situações do cotidiano deles e interagindo com eles.
- relações contextuais existentes entre teoria e prática
- desenvolver o senso-crítico
- Reflexões sobre dados e informações matemáticas e estatísticas divulgadas pelos meios de comunicação.
- capacidade de fazer e coletar de modo sistemático observações sobre fenômenos naturais e/ou sociais de tal modo que sejam capazes de elaborar tabulação de dados, lidando com conteúdos sobre mensuração, levantamento de dados, tabelas de dupla entrada, máximos, mínimos, medidas de tendência central entre outros tópicos sejam tratados com base no "saber fazer" e na "reflexão sobre a ação" através de uma postura investigativa dos estudantes do meio escolar .
Avaliações:
- Trabalho coletivo supõe: Perceber que além de buscar uma solução para uma situação proposta, devem cooperar para resolvê-la e chegar a um consenso.
- Compreender e utilizar convenções, regras; Perceber que só pode jogar em função da jogada do outro; O fazer e o compreender juntos; Desafio que provoca no aluno interesse e prazer.



Elaboração: Profª. Eliandra Gislaine Ribeiro
Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

PRECISAMOS DE SUA AJUDA PRA MELHORAR

Plano De Trabalho Docente: Inglês
Eixo Temático: Educação Para As Relações Étnico-Raciais
Objetivos Gerais:
- Proporcionar ao educando uma educação ampla e que supere conceitos socialmente arraigados.
- Levar o aluno a conhecer melhor sua historia pessoal e a historia do grupo ao qual ele está inserido.
Objetivos Específicos:
- Discutir questões relacionadas à África e a africanidades em sala de aula no sentido de aprimorar o conhecimento do aluno.
- Levar o educando a noção de que em um mundo globalizado não há mais espaços para isolacionismo.
- Fazer com que os alunos relacionem termos em língua portuguesa, que se referem ao racismo e africanidades tem sua correspondente em inglês.
- Que o aluno reconheça a importância da África para o mundo e principalmente para o Brasil e a formação do povo brasileiro.
- Que o aluno assimile a africanidade como uma grande vantagem para o seu crescimento pessoal.
Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- Assimilação de palavras como liberdade, racismo, xenofobia, negros e brancos e, toda e qualquer palavra de fácil assimilação relacionada à temática racial.
- Frases de efeito que foram usadas em relação à raça e racismo como: “I have a dream “ , “yes, we cant” entre outras.
- Trabalhos com termos, frases ou sentenças que signifiquem igualdade, diversidade e liberdade.
- ajudar os alunos a compreender que ninguém constrói sozinho as concepções a respeito de fatos, fenômenos, pessoas; que as concepções resultam do que ouvimos outras pessoas dizerem, resultam também de uma construção que se dá no convívio social do grupo.

6ª. Série:
- Revisar alguns temas já trabalhados na serie anterior.
- Trabalhos com termos, frases ou sentenças que signifiquem igualdade, diversidade e liberdade.
- Reconhecer as redes que possibilitam a circulação de informações, mercadorias e pessoas.
- A influencia da língua inglesa na África e a presença inglesa no continente.
- Lançar desafios para que seus alunos ampliem e/ou reformulem suas concepções prévias, incentivando-os a pesquisar, debater, trocar idéias, argumentando com idéias e dados;

7ª. Série:
- Identificar as questões que envolvem a segregação espacial em imagens, textos e na observação da vida cotidiana.
- Identificar o conceito de território explicando-o através das noções de exclusão, marginalização, segregação, identidade, relacionando-o à complexidade dos cotidianos das cidades em suas divisões e demarcações espaciais.
- Reconhecer os fenômenos culturais que explicam as identidades regionais de vários povos da Terra, avaliando-os em relação à sua extinção e descaracterização do modo de vida.
- Trabalho com discursos e frases de pessoas que lutaram pelas igualdades raciais como Martin Luther King, Malcon X, entre outros.
- Buscar conhecer as concepções prévias de seus alunos a respeito do estudado, ouvindo-os falar sobre elas e como eles estão concebendo essas idéias e as recriando.

8ª. Série:
- Explicar os tipos de relações sociais existentes no território relacionando-os com os lugares, suas estratégias de segregação e exclusão das populações marginalizadas.
- Identificar, conhecer e avaliar os laços de identidade da cidade com o cidadão, as manifestações populares e o trabalho, assim como a falta de trabalho e a repressão às manifestações, em textos e fotos.
- Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações culturais nas sociedades tradicionais provocadas pela mudança nos hábitos de consumo.
- Compreender a modernização resultante da revolução tecnológica, seus conflitos e contradições, gerados na forma como se distribuem seus benefícios pela humanidade.
Compreender o papel das redes virtuais na vida dos adolescentes e analisar a exclusão e a inclusão digital.
- Explicar os conflitos resultantes da má distribuição ecológica e econômica do patrimônio natural e material, produzindo riqueza e pobreza como efeitos da degradação ambiental, sob a ótica da ordem política e econômico-financeira internacional globalizada.
- Trabalho com as frases usadas por Barak Obama em sua campanha a presidência dos EUA.
- Analise dos discursos de Martin Luther king.
- Levar os alunos a entender o respeito, entendido não como mera tolerância, mas como diálogo em que seres humanos diferentes miram-se uns aos outros, sem sentimentos de superioridade ou de inferioridade;

METODOLOGIAS:
- Aulas expositivas acerca do tema.
- Relacionar sempre o tema discutido em sala a outras disciplinas promovendo assim uma pluridisciplinalidade.
- Se utilizar de textos, temas, discussões e abordagens das outras disciplinas para facilitar a assimilação de conteúdo pelos alunos.
- Trabalhos multidisciplinares sobre a temática “Africanidades”
- Audição, leitura e tradução de musicas cujo tema esteja relacionado ao conteúdo.
- Leitura, tradução e analise de textos produzidos por ícones da luta pela liberdade no mundo.
- Exibição e analise de filmes em conjuntos com outras disciplinas.
Avaliações:
- Elaboração de cartazes e textos sobre o conteúdo estudado.
- Participação individual e em grupo.
- Analise de uma prova escrita e uma teórica.
- Assimilação de conteúdos e apresentação de seminários.
- Participação nas atividades como um todo e freqüência as aulas.

Elaboração: Profª. Mercedes Numata
Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

LEIA E NOS AJUDE A APRIMORAR

Plano de Trabalho Docente: Geografia
Eixo Temático: As particularidades dos sujeitos e suas localizações espaços-temporais.
Objetivos Gerais:
- Levar os alunos a identificarem a Africa como o continente de origem dos afrodescendentes.
- Reconhecer que este continente possui muitos pontos positivos como uma cultura, sua identidade própria e riquezas naturais.
- Respeitar as origens africanas.
- Ter mais conhecimento sobre a África.
Objetivos específicos:
- Conhecer a terra, o território e a territorialidade assumem grande importância dentro da temática da pluralidade cultural brasileira no seu processo de ensino, planejamento e gestão.
- Tratar da diversidade cultural do Brasil num contexto geográfico, cartográfico e fotográfico, visando reconhecer, valorizar e superar a discriminação aqui existente é ter uma atuação sobre um dos mecanismos estruturais da exclusão social.
- Várias as questões estruturais relacionadas à cultura africana, à população afro-brasileira e aos territórios tradicionais no país que continuam merecendo investigação, conhecimento e intervenção.
- A geografia é a ciência do território e este componente fundamental, a terra, ou o terreiro num sentido mais amplo, continua sendo o melhor instrumento de observação do que aconteceu, porque apresenta as marcas da historicidade espacial; do que está acontecendo, isto é, tem registrado os agentes que atuam na configuração geográfica atual e o que pode acontecer, ou seja, é possível capturar as linhas de forças da dinâmica territorial e apontar as possibilidades da estrutura do espaço no futuro próximo.
- Não podemos perder de vista que é a geografia que tem o compromisso de tornar o mundo e suas dinâmicas compreensíveis para a sociedade, de dar explicações para as transformações territoriais e apontar soluções para uma melhor organização do espaço. A geografia é, portanto, uma disciplina fundamental na formação da cidadania do povo brasileiro, que apresenta uma heterogeneidade singular na sua composição étnica, socioeconômica e na distribuição espacial.
Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- A população brasileira: miscigenação de povos.
- A distribuição espacial da população afrodescendente no Brasil; A contribuição do negro na construção da nação brasileira; O movimento do povo africano no tempo e no espaço; Questões relativas ao trabalho e a renda; A colonização da África pelos europeus;
- Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor, renda e escolaridade no país e no município em uma perspectiva geográfica;
- Analisar aspectos demográficos da afrodescendência no Brasil;
- Discutir o preconceito nem sempre claro nas relações sociais, principalmente de trabalho;

- o conhecimento e a interpretação das estruturas espaciais existentes na formação do Brasil e sua população, tomando por base os aspectos geográficos da herança africana no território brasileiro.
6ª. Série:
- A origem dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil (a rota da escravidão);
- A política de imigração e a teoria do embranquecimento no mundo;
- Discussões a respeito de práticas de segregação racial, como as acontecidas, por exemplo, na África do Sul, e nos Estados Unidos da América. Reconhecer a importância do legado histórico-cultural africano para a humanidade em geral e para o Brasil particularmente;
- Discutir a hecatombe da escravidão e as conseqüências funestas da partilha da África e das fronteiras artificiais;
- Analisar em escalas local, regional e nacional, dados estatísticos
- resgate do conhecimento sobre o continente africano no processo de ensino no Brasil. “É imperioso que crianças e jovens tenham um conhecimento mais consistente das culturas africanas na formação do povo brasileiro

7ª. Série:
- Como esta a distribuição geográfica dos quilombos contemporâneos, assim como, as suas questões fundamentais e estruturais.
- Dois pontos configuram-se como emergenciais. O primeiro deles está relacionado à desmistificação do continente africano, sobretudo nos seus aspectos geográficos e em suas relações com a formação do território brasileiro. O segundo, se refere a exclusão secular das matrizes africanas do sistema oficial brasileiro, particularmente, dos quilombos.
- resgatar a importância do conhecimento sobre o continente africano no processo de ensino do Brasil é uma premissa básica para a população passar a ter uma outra atitude de valorização das culturas africanas na formação do povo
- os livros didáticos que ignoram o negro brasileiro e o povo africano como agentes ativos da formação geográfica e histórica do Brasil. Em seguida, a escola tem funcionado como uma espécie de segregadora informal
- A África e sua diversidade religiosa e étnica.
8ª. Série:
- Fazer mapeamento dos registros municipais das comunidades quilombolas por unidade política, organizadas em folhas articuladas que cobre todo o país, com o nome da comunidade e o município do Estado correspondente, assim como, as referências sobre os territórios reconhecidos institucionalmente e os já titulados.
- Localização no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países (como vivem, população, idioma, economia, cultura , história, música, religião);
- Estudo da organização espacial das aldeias africanas (questões urbanísticas);

- Estudo de como o continente africano se configurou espacialmente: as (re)divisões territoriais;

- África e suas paisagens naturais
- As questões de pobreza e riqueza na África.
- A África e sua diversidade religiosa e étnica.


METODOLOGIAS:
- Procurar informação didáctica e geográfica pertinente e actualizada em fontes diversas, adequadas e credíveis, estando atento ao surgimento de novos dados e mostrando-se criterioso na selecção.
- Aplicar a informação didáctica e geográfica de forma adequada evidenciando sentido crítico quanto à actualização, tipo de utilização e meios.
- Interpretar correcta e criteriosamente a informação, comparando metodologias didácticas, confrontando-a com outra já disponível e credível, levantando hipóteses, esboçando pistas para confirmação, etc.
- Conceber planos metodológicos pertinentes, documentados e estruturados, inscritos num todo didáctico coerente.
- Problematizar abordagens didácticas em Geografia.
- Expressar, oralmente e por escrito, com correcção, precisão e fluência incorporando de forma oportuna e rigorosa terminologia geográfica, metodológica e didáctica.
-Ser acessível e autêntico enquanto emissor e atento e flexível enquanto receptor.
- Trabalhar em equipa, cumprindo as suas tarefas, partilhando as suas ideias e sendo receptivo às dos outros.
- Criar condições de partilha das suas potencialidades conseguindo conciliar as potencialidades de todos de forma activa e empática.
- Estar atento ao dinâmico evoluir dos tempos, mantendo uma postura criativa mas receptiva às mudanças conseguindo encará-las e trabalhá-las como oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
- Aulas expositivas, uso de vídeos e materiais adicionais.
- Confecção de cartazes e trabalhos de pesquisa.
Avaliações:
- Trabalhos de colagens e confecção de cartazes
- Avaliação de aprendizagem escrita.
- Participação em debates e encontros.
- Avaliação da oralidade.
- fazer uma sondagem, um diagnóstico das habilidades dos alunos para saber de onde começar e em que direção ir.
- Levar os alunos a desenvolver habilidades de leitura de diversos gêneros textuais, como jornais, revistas, contas, cartazes, cartas, bilhetes, romances, poemas, letra de música, receita culinária, manual de instrução, entre tantos outros.
Elaboração: Profº. Ailton Aparecido Lopes
Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

CONFIRA, LEIA E NOS AJUDE A MELHORAR

Plano de Trabalho Docente: Ensino Religioso / Sociologia / Filosofia
Eixo Temático: O universo simbólico e religioso – uma historia das religiões da África ao Brasil.
Objetivos Gerais:
- Compreender as origens do universo e da humanidade através dos mitos oriundos das tradições yorubanas.
- Desmistificar idéias preconceituosas acerca das religiosidades africana e afro descxendente.
- Entender a religião como um fenômeno cultural e social construído simbolicamente no seio de cada grupo.
- Partindo-se de uma perspectiva holística processo educacional desenvolvido nos Estabelecimentos Estaduais de Ensino Público, tem-se priorizado a formação integral do cidadão, destacando-se a religiosidade num contexto multicultural, respeitando-se a diversidade de suas manifestações.
- Que o aluno reconstrua sua visão de mundo e passe a compreender a diversidade religiosa, transformando assim velhas e preconceituosas visões em vivencias mais harmoniosas e maior respeito a alteridade, tudo baseado num conhecimento racional que leve a entender a religião como um mecanismo de ligação do homem com algo superior e, que sendo uma representação depende do grupo social que a elabore.
Objetivos específicos:
- Construir uma visão de que diferenças não querem exatamente dizer oposições e que a diversidade não deve gerar conflitos e estranhamentos.
- A liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber.
- princípios da cidadania e do entendimento do outro. O conhecimento religioso não deve ser um aglomerado de conteúdos que visam evangelizar ou procurar seguidores de doutrinas, nem associado à imposição de dogmas, rituais ou orações, mas um caminho a mais para o saber sobre as sociedades humanas e sobre si mesmo.
- enfatizar o respeito pelo outro, o trabalho com aqueles que se encontram em situação de exclusão social, promovendo formas voluntárias e autônomas de participação e levando a um compromisso com as questões sociais e a uma possibilidade de intervenção: tais práticas são caminhos viáveis para a promoção da cidadania.
- promover o reconhecimento daquilo que diferencia grupos sociais e estilos de vida, sem quaisquer formas de discriminação ou hierarquização dos mesmos. Com o auxílio de outros campos de produção de conhecimento - história, antropologia, geografia, sociologia, literatura e arte, entre outros, pode-se combater o estranhamento tão freqüente em relação às práticas culturais diferentes, uma vez que a promoção deste conhecimento é condição determinante para o combate à ignorância e aos preconceitos dela resultantes.
- Levar o aluno a reconhecer o universo simbólico com algo construído socialmente e culturalmente.
Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- as diferentes manifestações do sagrado na esfera social, suas implicações humanas e de relações entre os indivíduos.
- formação cidadã e tomada de consciência diante da necessidade atual de superação da barbárie.
- manter um dialogo com as demais ciências e crenças religiosas, ter capacidade de refletir e analisar a realidade é fundamental., assim como ter uma dimensão ecumênica e inter- religiosa.
- educar para os valores humanos, para a cidadania, para a ética.
- resgatar os valores humanos e religiosos que vem sido esquecidos pela escola, pela família, pela sociedade e pelo ser humano. A escola por sua vez deve ser um lugar onde devemos viver esses valores, tais como a cidadania, a solidariedade, o respeito, a confiança, a honestidade, a humildade, a amizade, entre outros, a escola deve ser um lugar de paz e tranqüilidade, onde o conhecimento e a educação seja um prazer.
- O que são mitos de criação? ( cosmogamias )
- As religiões afro brasileiras e os mitos de criação.
- A criação do mundo.
- A criação dos homens.
- O significado dos mitos.
- possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.
6ª. Série:
- discussão e reflexão dos alunos, sobre a identificação, o entendimento, o conhecimento e a aprendizagem em relação as diferentes manifestações do sagrado na sociedade, favorecendo a amplitude e o fomento ao respeito e reconhecimento da diversidade cultural, repudiando o preconceito e discriminações diante das especificidades de diferentes expressões cultural-religiosas, de direito constitucional de todo cidadão brasileiro.
- Religiões de matrizes africanas e suas referencias no Brasil.
- A mitologia africana e suas interpretações.
- A religiosidade dos negros nos tempos coloniais e o sicretismo religioso.
- Relações entre religião e cultura no processo de relação entre africanidades e brasilidades.
- analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações socioculturais.
7ª. Série:
- as relações étnico-raciais no Brasil
- o sagrado e suas diferentes manifestações no coletivo, relacionando-se aos diferentes fenômenos religiosos existentes contextualiza o universo cultural dos indivíduos e possibilita que os indivíduos-cidadãos possam conhecer e refletir sobre a diversidade religiosa posta diante de todos.
- articulação entre passado, presente e futuro no âmbito de experiências, construções e pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias e realidades do povo negro.
- facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das tradições religiosas.
- dialogar sobre a falta de respeito com o ser humano na sociedade, os valores morais estão sendo deixados de lado, pois só encontraremos através de temas relacionados na educação religiosa.
- A coesão social e a liberdade individual, como a religião e a ciência, acham-se num estado de conflito ou difícil compromisso durante todo este período.
- relações sociais, organização das sociedades, transformações, regras e leis que regem o complexo social. Além de fixar o conceito de indivíduo em um Estar Social.
- debate entre Sociedade e Religião.
- reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos, reconhecimento e igual valorização das raízes africanas da nação brasileira
8ª. Série:
- reflexão diante dos fenômenos religiosos sociais da comunidade; a liberdade de expressão como direito constitucional de todo cidadão brasileiro; o reconhecimento das diferentes manifestações do sagrado como patrimônio cultural; a função social da escola e a mediação entre o conhecimento científico construído pela humanidade.
- Ética – moral e valores, bem e mal, liberdade e responsabilidade.
- Razão e existência(corporeidade, sexualidade, amor, irracionalismo, vida e morte).
- Ciência/razão (teoria do conhecimento, senso comum, inatismo e empirismo).
- Política e cidadania (formas de poder – democracia e totalitarismo).
- Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a economia, as práticas sociais e culturais em condutas de indagação, indignação, análise, problematização e protagonismo diante de situações novas, problemas ou questões da vida pessoal, social, política, econômica e cultural.
- a questão da liberdade deve ser trabalhada de modo que o jovem possa entendê-la como sendo o equilíbrio entre o direito e o dever, pois já é sabido que direitos sem deveres é loucura e deveres sem direitos é servidão.
- organizações negras, incluindo a história dos quilombos, a começar pelo de Palmares, e de remanescentes de quilombos, que têm contribuído para o desenvolvimento de comunidades, bairros, localidades, municípios, regiões.
- O 13 de maio, Dia Nacional de Luta contra o Racismo, será tratado como o dia de denúncia das repercussões das políticas de eliminação física e simbólica da população afro-brasileira no pós-abolição, e de divulgação dos significados da Lei áurea para os negros. No 20 de novembro será celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, entendendo-se consciência negra nos termos explicitados anteriormente neste parecer. Entre outras datas de significado histórico e político deverá ser assinalado o 21 de março, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
- ao papel dos anciãos e dos griots como guardiãos da memória histórica; - à história da ancestralidade e religiosidade africana.
- Cultura Afro-Brasileira destacada no jeito próprio de ser, viver e pensar dos afro-brasileiros manifestados em diversos aspectos.
METODOLOGIAS:
- Aulas expositivas sobre o tema.
- Pesquisas extra-classes em varias fontes.
- Trabalhos com vídeos sobre religiões, cultura africana e afro descendente.

Avaliações:
- Analises de crenças e mitos africanos e afro brasileiros.
- Produção de trabalhos escritos, relatórios de vídeos e relatórios de filmes.
- Avaliações oralmente sobre a assimilação ou não do conteúdo com realizações de seminários e debates.
- Produção de desenhos e representações de mitos de criação nas mais variadas culturas.
- Avaliação continuada, valorizando todas as atividades do aluno.
Elaboração: Profº. Alexandre de Moraes
Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

PARA REFLETIR E NOS AUXILIAR A MELHORAR

Plano De Trabalho Docente: Educação Física
Eixo Temático: Educação Para As Relações Étnico-Raciais
Objetivos Gerais:
- Que os alunos conheçam elementos culturais africanos e como eles influenciam a vida e a cultura no Brasil.
- Mostrar aos alunos que o sistema de resistência elaborado pelo negro no processo de escravização incluiu as lutas, as danças e as artes como elementos de sobrevivência cultural, física e pessoal.
Objetivos específicos:
- Apresentação de rituais e suas significações para o povo africano.
- Apresentação de danças ritualísticas africanas e afro-brasileiras.
- Demonstração de capoeira e de seu significado para os africanos que vieram para o Brasil na diáspora africana, seu contexto histórico social como elemento da cultura corporal africana e afro-brasileira.
- As origens do samba e os instrumentos de percussão e as formas como eram e são utilizados.
- Estudar as praticas corporais na cultura negra.
- Levar os alunos a uma compreensão maior da cultura corporal africana e afro-brasileira.
- Mostrar a importância da arte e o corpo na compreensão do povo africano e de sua descendência.
Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- As danças ritualísticas na cultura africana e afro-brasileira.
- As expressões corporais e sua utilização pelo povo africano.
- Pensar o lúdico como algo cultural e como uma necessidade humana nos leva os vários questionamentos sobre como o próprio homem o entende.
- Compreender o corpo como totalidade. preciso compreender que a forma como os sujeitos lidam com o corpo não é universal, e sim uma construção social resultante de significativos processos históricos. Em outras palavras, as concepções que os seres humanos desenvolvem a respeito de seu corpo e da forma de se comportar corporalmente estão condicionadas a fatores sociais e culturais.
- Problematizar a vivência corporal dos alunos nas brincadeiras, nos jogos, nas danças, nas ginásticas, nos esportes, enfim, em todas as suas manifestações corporais, imprimindo-lhes sentidos e significados educativos.
- Conhecer jogos e brincadeiras de outras culturas.
6ª. Série:
- Os ritmos oriundos da África.
- Os instrumentos de percussão surgidos na África e sua utilização pelos negros no Brasil.
- Buscar a formação de indivíduos, enfocando o desenvolvimento de
competências sociais, cognitivas e afetivas para que esse sujeito viva melhor e conviva bem com as diversidades.
- A dimensão biológica engloba fatores relativos à condição orgânica do sujeito, ou seja, à sua estrutura anatômica e fisiológica. Dentre outros condicionantes dessa dimensão, destacamos: idade, sexo, características étnicas, herança genética, condicionamento físico, estado geral de saúde orgânica.
- Compreender a dança como meio de desenvolvimento de valores e atitudes (afetividade, confiança, criatividade, sensibilidade, respeito às diferenças, inclusão).
7ª. Série:
- Os rituais africanos e afro-brasileiros e suas utilizações nas culturas derivadas da África.
- Resgatar o convívio social e a ética, tentando interferir na formação dos alunos objetivando a formação de um conhecimento e um pensamento diferenciado em relação à realidade que o cerca e a vivencia que ele estabelece com ela.
- Relações que as pessoas mantêm com seus corpos e com as outras pessoas, advindos das grandes transformações da atualidade, tais como, aumento do fluxo de informações que geram, por vezes, reações preconceituosas em relação a diferenças de gênero, etnia, características físicas, dentre outras.
8ª. Série:
- A historia do surgimento e da utilização da capoeira pelos negros e sua descendência. Diferenciar a capoeira angola da capoeira regional. Identificar os elementos básicos da capoeira. Vivenciar os elementos básicos da capoeira.
- Colaborar com o aprimoramento do educando como pessoa humana, como cidadão e não, apenas, com a preparação física de pessoas.
- Amplo conjunto de experiências, incluindo o contato com as culturas esportiva, corporais, rítmica e de luta
- Dialogar com a diversidade cultural e a pluralidade de concepções de mundo, posicionando-se diante das culturas em desvantagem social, compreendendo-as na sua totalidade.
Metodologias:
- Os professores poderão utilizar, dentre outros, os seguintes recursos didáticos e estratégias de ensino: • Análise de imagens e sons (filmes, vídeos, fotografias, desenhos, pinturas, propagandas, músicas, charges, murais, documentários); de objetos (troféus, flâmulas, medalhas, certificados, diplomas, brinquedos, maquetes, cenários, fantasias); de textos (livros, contos, crônicas, jornais, revistas, poesias, histórias, paródias), dentre outros; • Pesquisa, entrevista, júri simulado, seminário, palestra; • Debate com profissionais e atletas convidados; • Visita à comunidade, em especial aos espaços de esporte e lazer; • Teatro e cinema; • Oficina de brinquedos e brincadeiras; • Feira e eventos artísticos e culturais; • Campeonatos, excursões diversas, acantonamentos.
- Apresentação de textos acerca dos temas que serão debatidos e estudados.
- Trazer pra escola apresentações de grupos que trabalham com essas expressões analisadas e estudadas.
- Se possível fazer apresentações esporádicas de capoeira no pátio da escola.
Avaliações:
- Detectar as dificuldades e os progressos dos estudantes.
- Relatórios, dinâmicas, redações e auto-avaliações.
- É preciso observar primeiro se o estudante respeita o companheiro, como lida com as próprias limitações (e as dos colegas) e como participa dentro do grupo.
- Avaliar no aluno seu interesse e sua participação em danças, brincadeiras, excursões e outras formas de atividade física que compõem a nossa cultura dentro e fora da escola.
Elaboração: Profª. Grace Li Mikaela Walter Lentini
Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

PRA LER, COMENTAR E SUGERIR.

Plano de Trabalho Docente: Geografia
Eixo Temático: Pluralidade étnico racial do Brasil rumo as convergências.
Objetivos Gerais:
- Entender que a formação da população brasileira, evitando-se incorrer no erro historiográfico de se “desprezar as forças indígenas e dos negros importados”, que juntamente com os europeus concorreram para o “desenvolvimento físico, moral e civil da totalidade da população”.
- oportunidade de se reler o discurso da “natureza humana”, entre noções que foram tomadas como bases imutáveis do ser, também para desvelar o caráter de construção do discurso, como resultado de uma operação de racionalização e redução do social, de apagamento da pluralidade e da diferença.
- Conhecer os problemas que ocorrerm na África que estão relacionados a doenças e falta de alimentação.
Objetivos específicos:
- Fazer com que os alunos entendam os mecanismos de hereditariedade.
- Saber que as diferenças de coloração de pele estão relacionadas com a quantidade de pigmentos.
- Conhecer as vitaminas dos alimentos trazidos da África.
- Conhecer e entender a África com sendo o berço da humanidade.
Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- Trabalhar o continente africano como origem da humanidade em associação a historia.
- Trabalhar as particularidades dos sujeitos e as diferenças existentes nas diversas etnias.
- Saber que O continente africano é a segunda maior massa de terra do planeta e berço de milhares de tribos, etnias e grupos sociais. Essa diversidade reflete-se na cozinha africana, no uso de ingredientes básicos assim como na preparação e técnicas culinárias.
- Conhecer as frutas e alimentos típicos da África.
- Conhecer os animais típicos da África e suas características.
( nessa serie fica muito mais interessante trabalhar em ciências apenas aspectos lúdicos, culturais, da fauna e da flora mas sem exigir uma assimilação muito forte desse conteúdo. Mas no sentido de levar o aluno a conhecer o continente e suas especificidades. )
6ª. Série:
- A origem da violenta africana e sua beleza.
- A composição corpórea de cada etnia em maior extensão a africana.
- Vegetais ocupam um papel importante na culinária africana, sendo a principal fonte de vitaminas e fazendo parte de vários pratos constituídos de milho, mandioca, inhame e feijão. Esses vegetais também fornecem fonte secundária de proteínas.
7ª. Série:
- Os pigmentos que dão cor a pele e a associação da cor de pele dos africanos ao clima do continente.
- Alimentos, frutas e flores de origem africana.
- Conhecer por exemplo a Múcua é o fruto do Imbondeiro que é uma árvore africana de grande porte e uma das mais grossas do mundo, ou ainda o kiwano ou kino (Cucumis metuliferus), de origem africana, figure na lista de frutas preferidas de alguém. Ela é linda, enfeita a fruteira, onde pode ficar sem se alterar durante até 15 dias ou mais, porém custa caro pelo que dá.
- reconhecer a biodiversidade existente na natureza, conhecer a biodiversidade (fauna e flora) dos países Brasil e África, bem como promover a criatividade.
8ª. Série:
- As questões relacionadas a hereditariedade e a genética de cada individuo.
- A anemia falciforme, doença que afeta principalmente os afro descendentes.
- Conhecer a alimentação cotidiana na África, que foi incorporada à comida brasileira pelos escravos, incluía arroz, feijão, sorgo, milho e cuscuz. A carne era predominantes de caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Como tempero utilizava-se pimentas e óleos vegetais como o azeite-de-dendê.
METODOLOGIAS:
- Aulas expositivas em geral.
- Apresentação e discussão de vídeos.
- Pesquisas bibliográficas sobre o tema.
- Leitura e discussão de textos adicionais.
Avaliações:
- apresentação oral do tema.
- Avaliação cumulativa durante o trabalho.
- Trabalhos escritos e discursivos.
- Avaliações escritas no decorrer do trabalho.
- Elaboração de cartazes e apresentações de seminários.

Elaboração: Profª. Luciana Spoladori
Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

LEIAM, COMENTEM E DEIXEM SUGESTÕES.

Plano de Trabalho Docente: Artes
Eixo Temático: Africanidades e brasilidades na arte brasileira e na formação cultural do afrodescendente.
Objetivos Gerais:
- Proporcionar ao aluno o conhecimento da diversidade cultural e histórica brasileira, afrobrasileira e africana.
- Levar o aluno a conhecer, apreciar e confeccionar arte.
- Aprender a fazer uma analise estética e cultural de uma produção artística levando em conta o período de sua produção e as particularidades culturais.
- Envolver os participantes em ações e reflexões estéticas através do exercício sistemático da auto-percepção e da criatividade, reafirmando, assim, os valores humanistas de respeito a si mesmo, ao outro e ao meio ambiente; afirmar a valorização da cultura africana em nosso contexto cultural através da pesquisa de suas manifestações artísticas na dança e na música; favorecer a compreensão e respeito à diversidade cultural – o que caracteriza os estudos sobre alteridade: diferentes narrativas, diferentes visualidades, diferentes crenças, diferentes visões de mundo. Em comum: a dignidade do ser humano.
Objetivos específicos:
- Conhecer e identificar a arte africana, respeitando e valorizando a cultura negra, entendendo a sua importância para a formação do povo brasileiro.
- Entender e conhecer a mitologia africana e a sua utilidade para os diversos povos africanos.
- Conhecer elementos culturais específicos da cultura africana e sua influencia na criação da cultura brasileira.
- Identificar e reconhecer elementos afrobrasileiros na cultura moderna e suas mais variadas nuances.
- Auxiliar o aluno no desenvolvimento de um pensamento crítico, na busca de suas origens, descobrindo assim, até que ponto ela é responsável por sua formação cultural e pessoal.
- Conhecer os princípios da arte indígena e os fatos históricos que trouxeram até nós a arte e a cultura africana.
- aprofundar a necessidade de fundar os pilares do desenvolvimento em bases culturais amplas, que acolham a contribuição popular e erudita que trouxe à nossa civilização uma impressionante gama de saberes, sentires e fazeres diferenciados e próprios, que nos caracterizam como uma das mais ricas culturas do mundo contemporâneo.
- Concientização de que a igualdade deva ser buscada dentro da sociedade e se faz necessário a inserção do negro enquanto agente social ativo e constante no bojo de nossa vivencia coletiva.
Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- Máscaras africanas.
- Tendências e estética.
- Palavras de origens africanas usadas no Brasil.
- as manifestações mais amplas da cidadania, como o carnaval, aportaram formas novas e criativas de transformar a nossa sociedade, pela própria mudança revolucionária de suas condições desde a escravatura.
- valorização das manifestações culturais afro-brasileiras em consonância com os planejamentos de história para esta mesma série
- identificar práticas culturais herdadas da cultura africana no que concerne a determinadas plantas: seu uso paisagístico, medicinal e místico – este recorte é tratado nas linguagens visuais (desenhos de observação, ilustração botânica) e cênicas (exercícios variados de expressão vocal e fluência verbal e técnicas de pesquisa corporal.
- Evidenciar, reafirmar e valorizar nossas características afrodescendentes.
- Refletir ativa/criativamente sobre questões pertinentes ao seu cotidiano numa perspectiva ampla, valendo-se dos temas transversais: preconceito, violência, questões de gênero, meio ambiente, entre outros.
- Desenho mágicos africanos – a arte conectada aos aspectos sociais e religiosos.
6ª. Série:
- As manifestações artísticas e culturais no negro no processo de colonização.
- resgatar na grandeza da história dos escravos uma cultura de libertação e afirmação que acaba por trazer, à história do próprio homem no planeta, valores intangíveis, que a tangibilidade desta trajetória, deixada nos objetos de arte e trabalho e inúmeros documentos históricos, testemunha em quase todo o mundo.
- A chegada dos africanos ao Brasil.
- Conhecer algumas manifestações artísticas africanas tanto tradicionais quanto contemporâneas relacionando-as ao contexto sócio-cultural ampliando as reflexões iniciadas na série anterior a respeito da arte e sua importância no mundo globalizado.
- contextualização histórica das manifestações culturais afrobrasileiras, conceitos de alteridade e etnia relacionados ao cotidiano.
- Buscar conhecer mais a cultura e a arte africana na busca de uma respeitabilidade maior a esse grupo tão forte na constituição de nosso povo.
7ª. Série:
- Obras de artistas brasileiros de origem afro brasileira.
- Manifestações culturais afro brasileiros.
- As contribuições dos africanos para a cultura brasileira.
- refletir e debater regradamente sobre conceitos/”pré-conceitos em relação à beleza, ao gosto e seus opostos.
- estimular uma compreensão mais abrangente sobre questões de alteridade, assegurando ações voltadas para a ética, o respeito mútuo.
- Manifestações afirmativas: beleza negra, negritude na mídia; reflexões críticas a respeito da (in) visibilidade do negro na mídia.
- Reconhecer e valorizar a contribuição do negro na formação do povo brasileiro e o orgulho da negritude de cada um de nós.
8ª. Série:
- presença afro-brasileira, que permeia todas as dimensões da vida social e da cultura de nosso país, sua continuidade histórica e sua força de resistência bem como a variada gama de expressões espalhadas por todo o Brasil.
- Danças e musicas de origem africanas e afro brasileiras.
- estimular reflexões, questionamentos e sobretudo atitudes efetivas de respeito às diferenças superando as habituais fixações nas aparências com intuito discriminatório.
- Favorecer um processo de pesquisa direcionado a uma ou mais montagens artísticas breves sobre tema geral ''cultura afrobrasileira'' a fim de estimular a reflexão e atitudes éticas efetivas de tolerância, diálogo, compreensão, em oposição às tantas atitudes discriminatórias presentes no cotidiano escolar; associar este processo aos conceitos trabalhados nos trimestres anteriores.
- Apresentação de danças e exposições dos trabalhos realizados para todo o coletivo da escola.
METODOLOGIAS:
- Observação de fotos e desenhos retratando pessoas com características afrodescendentes marcantes; desenhos de observação; exercícios de expressão verbal variados.
- Analises de textos e pesquisas sobre o tema.
- Projeção de vídeos, slides e documentários.
- Analises de imagens, quadros e musicas.
- Através de modelagem com papel mache ou uso de telhas de barro para criar mascaras africanas.
- Através de pinturas, fazer releituras de obras artísticas brasileiras com enfoque afro brasileiro.
- Pesquisas na internet, textos e documentos.
- Mostragem de filmes que tenham como tema gerador o negro.
- Estimular o aluno na apreciação da leitura E ANALISE DE DOCUMENTOS.
- Trabalhos de confecções artísticas e diferentes técnicas de expressão e cultura dos diversos povos privilegiando as mais diversas etnias.
Avaliações:
- Assiduidade em todas as fases da atividade;
- Uso dos conteúdos exigidos pela disciplina;
- Organização e cuidado na produção escrita;
- Criatividade e capricho na produção artística;
- Pontualidade nas apresentações do produto final.
- Trabalhos de pesquisa e palavras cruzadas.
Elaboração: Profº. Sandra Zanini Marur
Erica Emi Fukushigue Hama
Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

PARA PROFESSORES: LEIAM, COMENTEM E DEIXEM SUGESTÕES.

Plano de Trabalho Docente: Língua Portuguesa
Eixo Temático: Educação Para As Relações Étnico-Raciais
Objetivos Gerais:
- Levar os alunos a conhecer a influencia da linguagem dos africanos na composição da língua nacional.
- Trabalhar em cima de curiosidades como: Você sabia... Qual a extensão da influência africana no português brasileiro? Por quase trezentos anos, o Brasil recebeu milhares e milhares de africanos, aqui trazidos como escravos para o trabalho rural ou na mineração. Vieram negros de praticamente toda a África, mas deles destacam-se dois grandes grupos: o guineano-sudanês e o banto. Esses povos falavam muitas línguas, das quais quatro exerceram razoável influência na nossa. Do primeiro grupo, podemos mencionar o iorubá ou nagô (Nigéria) e o eue ou jeje (Benim). Do segundo, o quimbundo (Angola) e o quicongo .(Congo).
Propagar a literatura como um processo inclusivo na integração étnico-racial.

Objetivos específicos:
- Conhecimento dos vários vocábulos brasileiros que tiveram sua origem em línguas africanas.
- entender a construção da nossa língua O processo de nacionalização da língua portuguesa no Brasil relaciona-se diretamente à discriminação de inúmeras outras línguas indígenas, africanas, asiáticas e européias.
- Ampliar os horizontes nas relações étnicos raciais.
- Trabalhar conceitos de raça, cidadania, pluralidade, diversidade e relações interpessoais.
- Leitura e compreensão de textos diversos acerca dos conteúdos.
- Levar os alunos a conhecerem escritores, poetas e teatrólogos de origem africana e afro-brasileira.

Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental:
5ª. Série:
- Elaborar uma noção do que seja educação e sua relação com a cidadania.
- Leitura de textos interdisciplinares sobre africanidades e brasilidades.
- A importância de se viver em sociedade e das relações que isso implica.
- Reportar ao modo de ser, de viver, de organizar suas lutas, próprio dos negros brasileiros e, de outro lado, às marcas da cultura africana que, independentemente da origem étnica de cada brasileiro, fazem parte do seu dia-a-dia.
- Poderá envolver pessoas da comunidade que têm o gosto de colaborar com a escola. As histórias colhidas pelos alunos são transformadas em textos que poderão ser reunidos num livro e, desta forma, serem divulgados entre outras classes e também na comunidade.


- Os professores, juntamente com os alunos, decidem o que perguntar que histórias pedirem para as pessoas da comunidade negra contar: histórias de brincadeiras, de trabalho, de festejos, de celebrações religiosas, da vida na escola, etc.

6ª. Série:
- Leitura de textos interdisciplinares sobre africanidades e brasilidades.
- Contos e contistas negros.
- democratizar a imagem e os exemplos positivos e reais da presença da população negra e mestiça na nossa história e no nosso cotidiano.
- Juntamente com os alunos, partir para uma reconstrução do discurso pedagógico, no sentido de que a escola venha a participar do processo de resistência dos grupos e classes postos à margem,

7ª. Série:

- Leitura de textos interdisciplinares sobre africanidades e brasilidades.
- Contos relacionados à origem do povo africano.
- Refletir sobre os conteúdos impressos em um livro, por exemplo, vai além da reflexão das páginas escritas. As imagens, a seleção de conteúdos dos textos, a ordem de prioridade e o espaço ocupado pelos temas dizem aquilo que importa estudar e saber, do conhecimento que gera valor.
- Levar os alunos a identificar que o português brasileiro tem uma pronúncia diferente da de Portugal devido à influência das línguas africanas, principalmente do grupo banto, quicongo, quimbundo e umbundo. Palavras de origem africana entraram na língua portuguesa e são usadas cotidianamente em grande número. Também, a linguagem popular do Brasil conserva traços marcantes da influência das línguas africanas que foram faladas no Brasil.
- Apresenta aos alunos discussões e debates que os levem a repensar suas atitudes bem como contribuir para a afirmação da sua identidade e da sua cidadania;

8ª. Série:
- Leitura de textos interdisciplinares sobre africanidades e brasilidades.
- Reconstrução da historia do afro-descendente e suas origens.
- Contextualização e interpretação da lei 10.639 e sua aplicabilidade.
- Debater as formas como o negro aparece no livro didático e como ele aparece e frente ao conteúdo dos livros didáticos e paradidáticos deve ser a de identificar a sua ideologia, com o fim de se posicionar a favor ou contra.
- Montar com os alunos um Projeto de Intervenção, na perspectiva de início de um processo de intolerância ao preconceito, ao racismo e às desigualdades sociais, perpassam pela: valorização da a comunidade negra, contribuindo para a elevação de sua auto-estima; obtenção dos mecanismos indispensáveis para o conhecimento de um Brasil fortemente marcado pela cultura africana, na expectativa de mudança da mentalidade preconceituosa;

METODOLOGIAS:
- Leituras e interpretações de textos diversos.
- Pesquisas bibliográficas.
- Produção de textos.
- Debates e argumentações temáticas.
- Entrevistas, exposições orais e produção de folhetos e cartazes.

Avaliações:
- Através de analises da produção de cada aluno.
- Analises das produções textuais e orais.
- Verificação da participação e interação de cada aluno.

Elaboração: Profª. Eni Fonese
Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A Conferência contra o Racismo de Durban, África do Sul serviu para colocar em pauta, no Brasil, uma questão importante, que é a necessidade de enfrentarmos a grande vergonha de sermos um dos países com maior desigualdade econômica e social em todo o mundo, situação que afeta, sobretudo a população de classificada pelas pesquisas do IBGE como “preta” ou “parda”. Não podemos esperar, simplesmente, que o desenvolvimento da economia - quando houver - vá nos tirar da liderança deste campeonato. É necessário atuar diretamente para reduzir a desigualdade, e isto se faz de três maneiras principais. Primeiro, ampliando as oportunidades educacionais, e melhorando a qualidade do ensino de massas; segundo, redistribuindo de forma mais justa os recursos públicos na área social; terceiro, criando de melhores postos de trabalho. Já avançamos muito na universalização da educação básica e na ampliação da secundária, ainda que as desigualdades de qualidade continuem sendo enormes; mas avançamos muito pouco na área dos programas sociais, com a permanência das grandes distorções das aposentadorias privilegiadas para funcionários de alto nível, ensino universitário gratuito para quem pode pagar, e concentração dos gastos de saúde nas regiões mais ricas. Também não estamos avançando como gostaríamos na ampliação de um mercado de trabalho mais qualificado, por razões de tipo econômico que não caberiam discutir aqui.
A questão racial se mistura e se confunde com a da pobreza e da desigualdade. Entre os 10% mais pobres do país (com uma renda familiar mensal média de 104 reais, dados da PNAD 1999 do IBGE), 31% se consideram brancos e 65% se definem como pardos ou pretos; entre os 10% mais ricos (renda familiar média de 4.440 reais), 81,3% são brancos, e 16.7% "pardos" ou pretos. Existem mais pretos e pardos pobres, mas também muitos brancos: até uma renda familiar de duzentos reais em 1999, haviam 5,3 milhões de brancos, e 9,7 milhões de pretos e pardos na população economicamente ativa. Esta situação nos coloca ante três perguntas: porque existem tantos pretos e pardos pobres? Será que esta desigualdade tem se reduzido com o tempo? E, o que se pode fazer para melhorar esta situação?
As pessoas podem ser e permanecer pobres por razões econômicas e estruturais, por preconceito e discriminação, e por razões culturais. Estas três coisas são interligadas. Nossa economia se formou na exploração do trabalho escravo, e mais tarde do trabalho dos imigrantes e dos operários urbanos. Em um círculo vicioso, não foram criadas posições de trabalho de qualidade para serem preenchidas por pessoas educadas e competentes, e pessoas que nascem em situações de pobreza e falta de cultura têm dificuldade de ter acesso e fazer bom uso dos escassos bens públicos que existem, como a educação e os serviços de saúde. Até os anos 30, as elites brasileiras eram abertamente racistas; negros, mulatos, índios e imigrantes eram considerados inferiores, e os intelectuais discutiam como fazer o branqueamento do país, ainda que nunca tivéssemos tido o apartheid da África do Sul e dos Estados Unidos. Depois da guerra, o racismo passou a ser proibido e se tornou moralmente inaceitável, mas continuam existindo preconceitos não ditos que afetam sobretudo o acesso de minorias ao mercado de trabalho.
Além das condições estruturais e do preconceito, existe uma outra dimensão que deve ser tomada em conta, que é a da cultura, e que se expressa através da questão da identidade cultural, racial, étnica e religiosa dos diversos grupos sociais. A melhor tradição democrática, que herdamos da França, nos ensina que o governo e as instituições públicas devem ser cegos para as diferenças de religião, cultura e etnia, que são atributos e direitos privados das pessoas e coletividades. As políticas oficiais de identidade racial, do nazismo ao fundamentalismo religioso, passando pelo nacionalismo e o "ethnic cleansing" mais recente, foram responsáveis por muitas das principais tragédias que o século XX conheceu. No entanto, sabemos também que é pela busca da identidade que as pessoas se organizam, desenvolvem aquilo que se chama hoje de "capital social" e "capital cultural", e conseguem reforçar sua auto-estima e melhorar sua condição de vida, conforme seus valores e preferências. Ao contrário do que pensávamos ou poderíamos desejar meio século atrás, nem a democracia racial brasileira nem o melting pot americano chegaram a se realizar plenamente, fazendo com que as culturas e políticas da identidade voltassem ao primeiro plano. Hoje sabemos como é importante que as pessoas se juntem, pesquisem suas origens e sua história e se mobilizem para defender seus direitos, lutar contra a discriminação e o preconceito, e construir ou reconstruir suas identidades e sentido de pertencimento. Milenarmente, as principais formas de construção da identidade sempre foram à religião e a etnia, passando, muitas vezes, pela língua e pela raça, e hoje não é diferente.
A questão que se coloca, então, é a da linha que separa uma política positiva de afirmação de identidade de uma política racista e discriminatória de preconceitos e contra-preconceitos. O princípio fundamental deve ser o de que as políticas de identidade devem permanecer no âmbito privado, da sociedade civil, enquanto que a esfera pública deve continuar sendo universal e baseada na igualdade formal de todas as pessoas. Quando o setor público começa a discriminar, ainda que "positivamente", em nome da raça ou da cultura; e, pior, quando o governo começa a resolver quem pertence ou não pertence a determinado grupo, e associar a isto benefícios e privilégios, ainda que com as melhores intenções, as portas se abrem para reforçar o preconceito e os conflitos étnicos, resultando em problemas potencialmente mais graves do que os que se pretende resolver.
É lamentável, e típico da tradição elitista brasileira, que quando o tema da desigualdade racial é colocado em pauta, o que mais ganha destaque é a proposta de criar quotas nas universidades públicas para "negros," como se o grande problema estivesse aí, e não nas carências que impedem o acesso de milhões, negros ou brancos, à boa educação e aos bons empregos. Imaginemos por um momento como seria implantada esta política de quotas. Seria preciso, para começar, dividir a população entre "negros" e "brancos", como na África do Sul e nos Estados Unidos. Mas, como mostrou Oracy Nogueira décadas atrás, no Brasil não existe o “preconceito de origem” como nos Estados Unidos, e sim um “preconceito de marca” que faz com que o conceito de “negro” não se aplique como naquele país, que já é fortemente dividido e classificado em termos raciais. No Brasil, a maior parte da população brasileira é racialmente mista, e a grande maioria se recusa a ser classificada racialmente. Quem seriam os negros? Os cinco por cento que se declaram como pretos nas estatísticas do IBGE? Os 45% que se declaram pardos? Ou o número desconhecido dos que se declaram brancos, mas cujas origens se perdem nos séculos de miscigenação entre índios, brancos, árabes e negros, não só dos brasileiros, mas também dos portugueses?
Uma coisa é fazer estatísticas gerais sobre "cor" ou "raça", para pesquisar e entender a situação de grandes grupos sociais; outra coisa muito distinta é começar a distribuir carteirinhas raciais, que possam dar acesso especial à universidade e a outros benefícios que possam ser inventados. Quem se candidata? Quem decide quem é quem? O delegado da esquina? O diretor da escola de samba? O vereador? Há quem diga que, no futuro, isto poderia se resolver de forma “científica,” com o exame do DNA das pessoas, como se a questão da raça fosse realmente biológica, e não social e cultural. Quantos por cento de "genes negros", se é que isto existe, seriam necessários para conseguir uma vaga na universidade sem passar pelo vestibular? E as pessoas que preferem conquistar seu lugar na sociedade pelo mérito próprio, e não pela posse de uma carteira racial, como ficariam?
O argumento de que políticas de quota nas universidades são necessárias porque a distância entre negros e brancos no Brasil não está diminuindo não se sustenta pelos dados disponíveis. Na medida em que o acesso à educação básica aumenta, as diferenças raciais na população mais jovem diminuem. As políticas mais adequadas para reduzir os problemas da pobreza e da desigualdade que afetam grande parte da população de origem negra, mas também muitos outros de origem branca ou índia, são as de oferta de melhores escolas e mais apoio social e trabalho comunitário junto às populações mais carentes, sem pedir nem impor carteiras raciais para ninguém. Entidades civis de cunho cultural ou religioso, que estejam trabalhando junto às comunidades para melhorar suas condições de vida, podem e devem receber apoio público, e muitas delas poderão dar ênfase à identidade e à cultura negra, ou a outras formas de identidade, como as religiosas.. Além disto, é necessário conhecer melhor e combater todas as formas de discriminação étnica e racial no mercado de trabalho, estimulando e valorizando o pluralismo e a igualdade de oportunidades. Os problemas com o ensino superior brasileiro não passam pela discriminação racial, e sim pela incapacidade que temos de proporcionar uma educação superior de massas apropriada a um contingente cada vez maior de pessoas, de todas as cores, que saem de um sistema de educação secundária precário e não encontram cursos superiores adequados à sua formação e necessidade de trabalho, como escolas técnicas e profissionais acessíveis e de qualidade.
Problemas de discriminação e segregação racial existem e devem ser enfrentados, inclusive com apoio público a iniciativas de ação afirmativa por parte da sociedade, mas sem perder de vista que eles fazem parte de um conjunto de questões e problemas muito maiores, que não se resolvem por declarações, decretos ou leis, por mais politicamente corretos que sejam.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O meio ambiente ainda tem salvação

Educação Ambiental Popular: Uma Alternativa à Crise Ambiental na Sociedade Moderna
Constatamos que a crise ambiental é sintoma de uma crise muito mais profunda do que a mídia nos passa diariamente. O que quero dizer com isto é que a crise não envolve apenas estilos de vida, padrões de consumo, projetos de desenvolvimento e pressões sociais. Por detrás de tudo isso, há um modo de produção econômico, denominado Capitalismo, que é o grande vilão, o principal responsável pela crise atual, que aliás, não é tão atual assim. Em nosso País, por exemplo, a crise tem sua origem concomitantemente com o Descobrimento, pois desde esta época nossas riquezas naturais passaram a ser exploradas, como pode ser evidenciado pelo contrabando do Pau-Brasil e, posteriormente, os inúmeros ciclos de exploração econômica como o ciclo da Cana-de-açúcar, o ciclo do café, do leite e do cacau, etc.
E não foi somente a exploração ambiental no sentido de enxergar a natureza como dissociada do ser humano. Vemos que desde o Descobrimento, nossa sociedade caracteriza-se pelo domínio do mais forte sobre o mais fraco e da exploração do trabalho. Quando os portugueses aqui chegaram, subjugaram os povos indígenas. Os povos considerados mais evoluídos (opressores), como Portugaltinham um sentimento de não pertencimento humano em relação à natureza, pois somos a única espécie racional e, portanto, superior. Aliás, diga-se de passagem, que esta é uma constatação questionável, se observarmos os dizeres de Philippe Pomier Layargues, por exemplo "Pelo que se tem notícia, desde que a vida surgiu na face da Terra há cerca de três bilhões e meio de anos, nenhuma outra espécie biológica foi capaz de provocar desequilíbrios ecológicos na proporção e magnitude da atual crise ambiental". (LAYARGUES in SANTOS & SATO, 2006, p. XIII).
Mas, voltando ao sentimento de superioridade em relação aos índios, que eram considerados pelos portugueses como primitivos, pois dependiam da natureza para viver, enquanto eles, superiores, já não precisavam dela, no sentido de dependência, uma vez que já conseguiam a explorar, a dominavam, fez com que esses povos indígenas fossem, então,subjugados por eles. Mauro Guimarães diz que "Cada vez mais a natureza é vista como recurso natural para alimentar um modelo de desenvolvimento espoliador e concentrador de riquezas e que vem, desde essa época, se disseminando e sendo implantado por todo o planeta em um processo hoje denominado de globalização" (GUIMARÃES in LOUREIRO & LEROY, 2006, p. 17).
A Educação Ambiental, apresenta-se, hoje, como um modelo de Educação que pode contribuir com as mudanças estruturais necessárias e prementes ao mundo, envolvendo estilos sustentáveis de vida, ética, padrão cultural e equidade compatíveis com a Sustentabilidade. João B. A. Figueiredo diz que segundo o Discurso Oficial sobre Sustentabilidade, o Desenvolvimento Sustentável se propõe a ser uma forma de desenvolvimento que busca compatibilizar objetivos distintos, de modo que nenhum deles seja prejudicado ou prejudique o objetivo do outro, permanecendo nos limites da capacidade de suporte do Planeta, de modo a não comprometer a integridade dos sistemas que mantém a vida na Terra no presente, nem para as gerações futuras. Entretanto, este desenvolvimento é proposto a partir de um modelo civilizatório Capitalista que prioriza o consumo e o lucro, centrando suas atenções no processo acumulador, gerador de pobreza e miséria, em escala mundial. Logo, precisa-se de uma Educação Ambiental que rompa com esta estrutura de exploração, de dominação.
Convém mais uma vez destacar que o conceito de desenvolvimento sempre esteve associado à economia. Carlos Walter Porto Gonçalves salienta bem isso em sua obra O Desafio Ambiental:
A idéia de progresso – e a sua versão mais atual, desenvolvimento - é, rigorosamente, sinônimo de dominação da natureza! Portanto, aquilo que o ambientalismo apresentará como desafio é, exatamente, o que o projeto civilizatório, nas suas mais diferentes visões hegemônicas, acredita ser a solução: a idéia de dominação da natureza. O ambientalismo coloca-nos diante da questão de que há limites para a dominação da natureza. Assim, além de um desafio técnico, estamos diante de um desafio político e, mesmo, civilizatório (PORTO GONÇALVES, 2004, p. 24).
Mais adiante, o mesmo autor ainda completa:
Desenvolvimento é o nome-síntese da idéia de dominação da natureza. Afinal, ser desenvolvido é ser urbano, é ser industrializado, enfim, ser tudo aquilo que nos afaste da natureza e que nos coloquediante de constructos humanos, como a cidade, como a indústria. Assim, a critica à idéia de desenvolvimento exigia que se imaginassemoutras perspectivas que não as liberais ou socialistas ou, pelo menos, que essas se libertassem do desenvolvimentismo que as atravessa.
Por fazerem críticas a essa idéia de desenvolvimento, os ambientalistas, com freqüência são acusados de serem contra o progresso e o desenvolvimento. Assim como Porto Gonçalves, acredito que a idéia de progresso é de tal forma parte da hegemonia cultural tecida a partir do Iluminismo, que mesmo aqueles que se consideram os maiores críticos do Capitalismo fazem estas mesmas criticas aos ambientalistas.
Ao associarmos Educação Ambiental à Sustentabilidade, percebe-se no debate corrente sobre Educação Ambiental tendências que privilegiam ações locais e outras que discutem modelos de desenvolvimento. A necessidade impõe ações localizadas, pontuais e imediatas, colocando desafios contundentes às práticas sociais. Faz-se, pois, segundo Figueiredo, necessário construir uma crítica da sustentabilidade. "Uma cultura crítica de sustentabilidade nos devolve à pergunta pela participação dos atores fundamentais dessa história. Na verdade nos remete à tarefa de buscar desvelar, no sentido freireano, o trajeto e a percepção popular sobre o assunto"(FIGUEIREDO, 2007, p. 79).
Ao pensar em uma crítica da sustentabilidade temos que considerar alguns princípios, dentre os quais a satisfação das necessidades fundamentais; a participação popular; o cuidado com os bens naturais; um sistema social solidário que garanta qualidade de vida (saúde, educação, moradia, emprego, segurança, respeito etc.). Pensa-se em um conceito de sustentabilidade, desacoplado de um desenvolvimento que não questiona o modelo capitalista. Prioriza-se uma reorientação do termo, observando a relevância do saber popular, sem descuidar dos aspectos sócio-históricos e políticos envolvidos e que devem ser considerados pela Educação Ambiental. O que significa dizer que a Educação Ambiental não pode reconhecer o eixo econômico como excludente de outras dimensões.
Assim é que se faz importante definir como demarcador a construção das Agendas 21 locais, dos bairros,das universidades, etc. Pensamos que muito há que se percorrer para torná-la exeqüível e, isto se dará quando percebermos que as novas orientações precisam de uma prática social propícia para prosperarem. Figueiredo coloca que "A Educação Ambiental hegemônica, que se insere de modo globalizado, apresenta esta tendência embutida no tecnicismo, na participação das populações em ações pontuais, nos planejamentos e decisões governamentais centralizadas que não afrontam o modelo capitalista de modo conseqüente" (FIGUEIREDO, 2007, p. 79).
Escolher uma concepção de Educação é uma decisão eminentemente política, pois ela referenciará uma práxis educativa. No mesmo sentido de práxis educativa, Moacir Gadotti definea pedagogia da práxis como "a teoria de uma prática pedagógica que procura não esconder o conflito, a contradição, mas, ao contrário, entende-os como inerentes á existência humana, explicita-os e convive com eles. Ela se inspira na dialética" (GADOTTI, 2005, p. 239).
Em nosso caso particular, acredita-se que uma forma de se alcançar os objetivos da Sustentabilidade e romper com as mazelas do Capitalismo é optarmos por um novo modelo de Educação, ou seja, uma Educação que não só é Transformadora, mas acima de tudo Popular, ou seja, dos oprimidos, como exprime Paulo Freire.
Será a partir da situação presente, existencial, concreta, refletindo o conjunto de aspirações do povo, que poderemos organizar o conteúdo programático da educação ou da ação política.
O que temos de fazer, na verdade, é propor ao povo, através decertas contradições básicas, sua situação existencial, concreta, presente, como problema que, por sua vez, o desafia e, assim, lhe exige resposta, não só no nível intelectual, mas nonível da ação (FREIRE, Paulo, 1987, p. 184).

domingo, 26 de julho de 2009

Plano De Trabalho Docente: Inglês Eixo Temático: Educação Para As Relações Étnico-Raciais Objetivos Gerais: - Proporcionar ao educando uma educação ampla e que supere conceitos socialmente arraigados. - Levar o aluno a conhecer melhor sua historia pessoal e a historia do grupo ao qual ele está inserido. Objetivos Específicos: - Discutir questões relacionadas à África e a africanidades em sala de aula no sentido de aprimorar o conhecimento do aluno. - Levar o educando a noção de que em um mundo globalizado não há mais espaços para isolacionismo. - Fazer com que os alunos relacionem termos em língua portuguesa, que se referem ao racismo e africanidades tem sua correspondente em inglês. - Que o aluno reconheça a importância da África para o mundo e principalmente para o Brasil e a formação do povo brasileiro. - Que o aluno assimile a africanidade como uma grande vantagem para o seu crescimento pessoal. Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental: 5ª. Série: - Assimilação de palavras como liberdade, racismo, xenofobia, negros e brancos e, toda e qualquer palavra de fácil assimilação relacionada à temática racial. - Frases de efeito que foram usadas em relação à raça e racismo como: “I have a dream “ , “yes, we cant” entre outras. - Trabalhos com termos, frases ou sentenças que signifiquem igualdade, diversidade e liberdade. 6ª. Série: - Revisar alguns temas já trabalhados na serie anterior. - Trabalhos com termos, frases ou sentenças que signifiquem igualdade, diversidade e liberdade. - Reconhecer as redes que possibilitam a circulação de informações, mercadorias e pessoas. - A influencia da língua inglesa na África e a presença inglesa no continente. 7ª. Série: - Identificar as questões que envolvem a segregação espacial em imagens, textos e na observação da vida cotidiana. - Identificar o conceito de território explicando-o através das noções de exclusão, marginalização, segregação, identidade, relacionando-o à complexidade dos cotidianos das cidades em suas divisões e demarcações espaciais. - Reconhecer os fenômenos culturais que explicam as identidades regionais de vários povos da Terra, avaliando-os em relação à sua extinção e descaracterização do modo de vida. - Trabalho com discursos e frases de pessoas que lutaram pelas igualdades raciais como Martin Luther King, Malcon X, entre outros. 8ª. Série: - Explicar os tipos de relações sociais existentes no território relacionando-os com os lugares, suas estratégias de segregação e exclusão das populações marginalizadas. - Identificar, conhecer e avaliar os laços de identidade da cidade com o cidadão, as manifestações populares e o trabalho, assim como a falta de trabalho e a repressão às manifestações, em textos e fotos. - Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações culturais nas sociedades tradicionais provocadas pela mudança nos hábitos de consumo. - Compreender a modernização resultante da revolução tecnológica, seus conflitos e contradições, gerados na forma como se distribuem seus benefícios pela humanidade. Compreender o papel das redes virtuais na vida dos adolescentes e analisar a exclusão e a inclusão digital. - Explicar os conflitos resultantes da má distribuição ecológica e econômica do patrimônio natural e material, produzindo riqueza e pobreza como efeitos da degradação ambiental, sob a ótica da ordem política e econômico-financeira internacional globalizada. - Trabalho com as frases usadas por Barak Obama em sua campanha a presidência dos EUA. - Analise dos discursos de Martin Luther king. METODOLOGIAS: - Aulas expositivas acerca do tema. - Relacionar sempre o tema discutido em sala a outras disciplinas promovendo assim uma pluridisciplinalidade. - Se utilizar de textos, temas, discussões e abordagens das outras disciplinas para facilitar a assimilação de conteúdo pelos alunos. - Trabalhos multidisciplinares sobre a temática “Africanidades” - Audição, leitura e tradução de musicas cujo tema esteja relacionado ao conteúdo. - Leitura, tradução e analise de textos produzidos por ícones da luta pela liberdade no mundo. - Exibição e analise de filmes em conjuntos com outras disciplinas. Avaliações: - Elaboração de cartazes e textos sobre o conteúdo estudado. - Participação individual e em grupo. - Analise de uma prova escrita e uma teórica. - Assimilação de conteúdos e apresentação de seminários. - Participação nas atividades como um todo e freqüência as aulas. Elaboração: Profª. Mercedes Numata Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

Para ajudar no trabalho docente.

Plano De Trabalho Docente: Educação Física Eixo Temático: Educação Para As Relações Étnico-Raciais Objetivos Gerais: - Que os alunos conheçam elementos culturais africanos e como eles influenciam a vida e a cultura no Brasil. - Mostrar aos alunos que o sistema de resistência elaborado pelo negro no processo de escravização incluiu as lutas, as danças e as artes como elementos de sobrevivência cultural, física e pessoal. Objetivos específicos: - Apresentação de rituais e suas significações para o povo africano. - Apresentação de danças ritualísticas africanas e afro-brasileiras. - Demonstração de capoeira e de seu significado para os africanos que vieram para o Brasil na diáspora africana, seu contexto histórico social como elemento da cultura corporal africana e afro-brasileira. - As origens do samba e os instrumentos de percussão e as formas como eram e são utilizados. - Estudar as praticas corporais na cultura negra. - Levar os alunos a uma compreensão maior da cultura corporal africana e afro-brasileira. - Mostrar a importância da arte e o corpo na compreensão do povo africano e de sua descendência. Trabalho com conteúdos por serie do Ensino Fundamental: 5ª. Série: - As danças ritualísticas na cultura africana e afro-brasileira. - As expressões corporais e sua utilização pelo povo africano. - Pensar o lúdico como algo cultural e como uma necessidade humana nos leva os vários questionamentos sobre como o próprio homem o entende. - Compreender o corpo como totalidade. preciso compreender que a forma como os sujeitos lidam com o corpo não é universal, e sim uma construção social resultante de significativos processos históricos. Em outras palavras, as concepções que os seres humanos desenvolvem a respeito de seu corpo e da forma de se comportar corporalmente estão condicionadas a fatores sociais e culturais. - Problematizar a vivência corporal dos alunos nas brincadeiras, nos jogos, nas danças, nas ginásticas, nos esportes, enfim, em todas as suas manifestações corporais, imprimindo-lhes sentidos e significados educativos. - Conhecer jogos e brincadeiras de outras culturas. 6ª. Série: - Os ritmos oriundos da África. - Os instrumentos de percussão surgidos na África e sua utilização pelos negros no Brasil. - Buscar a formação de indivíduos, enfocando o desenvolvimento de competências sociais, cognitivas e afetivas para que esse sujeito viva melhor e conviva bem com as diversidades. - A dimensão biológica engloba fatores relativos à condição orgânica do sujeito, ou seja, à sua estrutura anatômica e fisiológica. Dentre outros condicionantes dessa dimensão, destacamos: idade, sexo, características étnicas, herança genética, condicionamento físico, estado geral de saúde orgânica. - Compreender a dança como meio de desenvolvimento de valores e atitudes (afetividade, confiança, criatividade, sensibilidade, respeito às diferenças, inclusão). 7ª. Série: - Os rituais africanos e afro-brasileiros e suas utilizações nas culturas derivadas da África. - Resgatar o convívio social e a ética, tentando interferir na formação dos alunos objetivando a formação de um conhecimento e um pensamento diferenciado em relação à realidade que o cerca e a vivencia que ele estabelece com ela. - Relações que as pessoas mantêm com seus corpos e com as outras pessoas, advindos das grandes transformações da atualidade, tais como, aumento do fluxo de informações que geram, por vezes, reações preconceituosas em relação a diferenças de gênero, etnia, características físicas, dentre outras. 8ª. Série: - A historia do surgimento e da utilização da capoeira pelos negros e sua descendência. Diferenciar a capoeira angola da capoeira regional. Identificar os elementos básicos da capoeira. Vivenciar os elementos básicos da capoeira. - Colaborar com o aprimoramento do educando como pessoa humana, como cidadão e não, apenas, com a preparação física de pessoas. - Amplo conjunto de experiências, incluindo o contato com as culturas esportiva, corporais, rítmica e de luta - Dialogar com a diversidade cultural e a pluralidade de concepções de mundo, posicionando-se diante das culturas em desvantagem social, compreendendo-as na sua totalidade. Metodologias: - Os professores poderão utilizar, dentre outros, os seguintes recursos didáticos e estratégias de ensino: • Análise de imagens e sons (filmes, vídeos, fotografias, desenhos, pinturas, propagandas, músicas, charges, murais, documentários); de objetos (troféus, flâmulas, medalhas, certificados, diplomas, brinquedos, maquetes, cenários, fantasias); de textos (livros, contos, crônicas, jornais, revistas, poesias, histórias, paródias), dentre outros; • Pesquisa, entrevista, júri simulado, seminário, palestra; • Debate com profissionais e atletas convidados; • Visita à comunidade, em especial aos espaços de esporte e lazer; • Teatro e cinema; • Oficina de brinquedos e brincadeiras; • Feira e eventos artísticos e culturais; • Campeonatos, excursões diversas, acantonamentos. - Apresentação de textos acerca dos temas que serão debatidos e estudados. - Trazer pra escola apresentações de grupos que trabalham com essas expressões analisadas e estudadas. - Se possível fazer apresentações esporádicas de capoeira no pátio da escola. Avaliações: - Detectar as dificuldades e os progressos dos estudantes. - Relatórios, dinâmicas, redações e auto-avaliações. - É preciso observar primeiro se o estudante respeita o companheiro, como lida com as próprias limitações (e as dos colegas) e como participa dentro do grupo. - Avaliar no aluno seu interesse e sua participação em danças, brincadeiras, excursões e outras formas de atividade física que compõem a nossa cultura dentro e fora da escola. Elaboração: Profª. Grace Li Mikaela Walter Lentini Revisão e colaboração: Prof. César Eduardo Pinheiro

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Um processo em momento inicial

Nos últimos anos temos visto vários momentos novos ocorrerem na educação e novo desafio tem sido proposto aos educadores e isso tem causado muitos desconfortos e em alguns casos a sensação de impossibilidade ou mesmo de incapacidade. Um desses pontos é a lei 10.639 que versa sobre a historia e cultura afro-brasileira, diga-se de passagem, um tema que a meu ver não precisaria de uma lei já que é tão obvio a sua importância.
Em relação a esse tema faz-se necessário discutir uma serie de acontecimentos que com certeza serão a eles atrelados, queiramos nós ou não. Vamos enumerar e discutir alguns deles. Não busco aqui discutir correntes historiográficas que já debateram acerca do tema e sim apresentar algo mais concreto e próximo de nós educadores.
01 – O negro como agente histórico.
O primeiro passo pra qualquer educador é sem duvida acreditar nessa premissa: o negro é agente de sua historia e, embora em muitos momentos tenha sido levado a não crer nisso deve a partir de agora redimensionar suas idéias e rever seus preceitos. A partir do momento que a criança ou adolescente tenha isso claro em mente terá maior facilidade em lidar com sua negritude, valorizando com mais ênfase sua ancestralidade. Isso não é algo que se constroem em um dia ou uma semana, é algo que demanda tempo e que pode até levar anos, mas que é possível acontecer.
02 – A valorização da raiz cultural.
Outro fato muito importante é levar esse individuo a entender e valorizar suas raízes culturais e, para isso é necessário que ele conheça sua cultura. Esse conhecer deve estar baseado em uma visão não eurocêntrica e nem tão pouco preconceituosa daquilo que, no fundo, representa o melhor de sua ancestralidade. Uma vez tendo sido apresentado a sua matriz cultural esse individuo passa a te-la como necessidade de ampliar seus conhecimentos acerca dela e quanto mais conhece-la mais irá valorizá-la.
03 – Racismo velado: não mais.
A partir do momento que aja um conhecimento mais amplo da cultura afro-brasileira se faz necessário mostrar a real face do racismo existente no Brasil. Racismo esse que se esconde numa pseudo-democracia racial que só existiu na cabeça de alguns sonhadores de um Brasil irreal e que se mostrou extremamente desigual e desconexo da realidade. Alguns com certeza afirmarão que esse racismo não existe, pois já estão tão acostumados com ele que o assimilaram e em mente já acreditam ser ele um axioma irrefutável.
Creio que baseado nesses três eixos podemos trabalhar de uma forma mais claro, desmistificando alguns paradigmas que se tornaram “reais” durante os mais de 500 anos de historia do Brasil.
Trabalhar com africanidades é buscar nossas raízes que não são européias como nos fizeram acreditar durante tanto tempo. A origem do homem foi na África, grandes impérios se formaram na África, a colonização do mundo se deu a partir da África e, depois de tantos anos de historia o mundo europeizado foi buscar mãos de obra na África, através do mais vil seqüestro que a historia teve conhecimento, com muita violência e desrespeito as etnias que lá estavam e desestruturando nações e reinos. É essa historia que precisamos contar.
Precisamos começar a trabalhar com nossos alunos uma pedagogia da auto-estima em cima das questões afirmativas que levem os brasileiros a entender e compreender suas raízes históricas e culturais, isso pode e deve ser feito destacando a beleza de cada etnia, a riqueza das diversidades humanas tendo em vista que em cada uma delas, dentro de suas peculiaridades tem algo novo e bom a oferecer. Isso fará com que nosso aluno assuma-se enquanto afro-descendente sem crises ou neuroses e passe a ter uma identidade, não embranquecida pelas elites dominantes, mas construída com forma e identidade clara e coesa.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

VAMOS TRABALHAR COM A DIVERSIDADE UM POUCO MAIS?

Discorrer sobre cultura africana e afro-brasileira é, acima de tudo, discutir sofre a face quase oculta da identidade brasileira. Á principio precisamos discernir qual a diferença entre cultura africana e afro-brasileira. Antes precisamos definir o que venha a ser cultura. Cliffort, em interpretação das culturas, a defini como toda e qualquer manifestação de um povo, Halbech complementa afirmando que um povo sem memória é um povo sem cultura, em conseqüência sem identidade. Então pode se afirmar que memória, cultura e identidade são palavras que se complementam entre si, e que patrimônio seja ele material ou imaterial nada mais é que a junção de todas estas palavras na prática, e que delas nasce e se explica nossa evolução ao longo de nossa diáspora neste planeta terra.
Em si tratando de cultura africana que tem como base a oralidade, se pode afirmar que muito se perdeu durante sua diáspora em terras brasileiras, mais sua influência é visível em nossa formação etnica e cultural, isto é inegável. O que se precisa entender é que, para se aprofundar melhor, na cultura chamada afro-brasileira temos que buscar, nas suas, nossas raízes, o fio da memória africana com todos seus mistérios, encantos e desencantos; mais se a base desta cultura tão rica é a oralidade, como reescrever está história? Preenchendo as lacunas encontradas com muitas pesquisas e, neste sentido, os monumentos históricos e a mitologia africana são grande aliadas. Em suma todo este ensaio se fez nessesario para percebermos que cultura africana é a mesma na sua essência antí-colonizaçaõ, e a afro-brasileira e a que nasceu com a miscigenaçaõ que se deu em nosso país durante a colonização. E ambas fazem parte de nossa identidade.
Identidade, afinal: quem somos, onde estão nossas raízes brasileiras? Podemos afirmar com certeza que se encontram inicialmente em três continentes: o americano, na forma de nossos indios, no europeu na pessoa dos portugueses, e também espanhóis que por um tempo também se abrigaram e brigaram por nossas terras, e em nossa terra mãe, o continente africano, berço da humanidade e da cultura imaterial. Durante bastante tempo o Brasil viveu sob a condição de colônia europeia, e o resultado disto sem dúvidas é vizivel no nosso comportamento até os dias atuais; era papel da colônia reproduzir em todos os sentidos a cultura da sua metrópole, no nosso caso o Portugal. Nossa arquitetura seguia a influência de nossa colônia. A nós cabia o de suporte em todos os sentidos, e quando o Brasil se tornou “independente” se sentiu a necessidade de buscar algo que desse um cara própria ao novo país que acabava de nascer. Onde buscar subsídios para entender e escrever esta história? Neste momento começaram a dar a importância devida a nossos monumentos, que até eram vistos como frutos da vaidade de nossas governantes, ou registro de suas façanhas e poder

Responda:
01 – O que você entende por diversidade?
02 – Como você vê a situação do negro no Brasil?