sábado, 27 de julho de 2013

Arte Africana A arte africana representa os usos e costumes das tribos Africanas. Os objetos de arte é funcional. A pintura e esculturas são figuras humanas ligados aos aspectos étnicos,morais e religiosos. As esculturas são feitas de ouro, bronze e marfim, para adquirir forças, magia. As máscaras têm significado místicos. (ex. rituais funerários) os materiais são de barro, marfim, metais e madeira, eles modelam em segredo na selva. A arte africana no Brasil começa com achegada dos primeiros escravos por volta de 1550. É importante lembrar que a influência dos negros na cultura brasileira permanece até hoje. Eles nos legaram hábitos alimentares, costumes religiosos, danças, instrumentos musicais, objetos artesanais que fazem parte do nosso folclore e de toda arte popular brasileira. NA DANÇA: A dança africana é um texto formado por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para toso os sentidos. A repetição do padrão musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfantizar a vida que tem que ser vivida agora. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: Lundu, Batuque, Capoeira, Coco, Congadas,jongo. Lundu= Dança e canto de origem africana. Era bailado de par solto. No Brasil, ganhou força com o mulato Domingos Caldas Barbosa. *Atividades desenvolvidas- trabalhar a música do coco através da dança de roda. INSTRUMENTOS MUSICAIS: Afoxé, Atabaque, Berimbau, Bongôs e outros. Afoxé= chocalho de cabaça ou coco envolvido por uma espécie de malha de contas. Atabaque= toca-se segurando entre as pernas e batendo as mãos. A parte de cima do atabaque é feita de pele, presa com cordas a um arco e fixa na madeira. Berimbau= instrumento feito em forma de arco, de madeira, tendo um arame preso entre as pontas. Compõe-se da metade de uma cabaça aderente a um arco formado por uma varinha curva, com um fio de latão, sobre o qual se bate. Em uma das extremidades vai o caxixi, uma cestinha cheia de sementes, para marcar o ritmo. Toca-se com a mão esquerda para percutir a corda e com a direita puxa-se o dobrão para reforçar a emissão do som. Bongôs: são atabaques pequenos • Atividades desenvolvidas- Criar instrumentos de percussão através de materiais reciclados. RITOS, USOS E COSTUME: Umbanda Umbanda= bem antes de o espiritismo, de o Kardecismo ter iniciado no Brasil, já existiam os cultos africanos que, embora reprimidos, eram realizados pelos escravos, ajudados pelas trevas da noite. Os terreiros de Umbanda atraem pessoas de toda classe social. Os tambores transmitem a magia do ritmo e do canto. Há a possessão pela divindade, que “baixa” numa determinada pessoa. Na forma atual desse culto há uma divisão: Lei de Umbanda, ou magia branca, e Lei de Quimbanda, ou magia negra. É um culto religiosos mágico, dirigido por um chefe de terreiro: o babalorixá, sacerdote que estabelece a ligação entre o mundo material e o espiritual. O espírito supremo é o Olorum. Obatala é o pai. Oxalá é o filho de Ifá é o espírito Santo. As divindade masculinas são: Xangô, Ogum, Oxossi, Ogum Megê, Iroco, Oxolum, Ibejê. As femininas são: Iemanjá, Anambucuru, Oxum, Iansã, Oba. Nos terreiros de umbanda, também são invocados espíritos de criaturas humanas para receber influências, fluidos, benefícios dos guias, dos protetores. Na capital paulista há mais terreiros de umbanda registrados do que soma de todos os templos das igrejas católicas e protestante e das sinagogas. Atividades desenvolvidas- MÚSICA AFRICANA: A música africana apresenta certos números de instrumentos de percussão. Nas aldeias da África, a música acompanha o dia-a-dia da vida de cada um. Um casamento, um nascimento e até mesmo a morte têm rituais musicais Instrumentos utilizados em algumas tribos: Instrumentos de cordas- Gongje, Mbira, Kalungu e Kissar Instrumentos de percussão – Tambores atmpan, tambor donno, bem como o xilofone. • Atividades desenvolvidas- através da música do “coco” trabalhar os parâmetros musicais: timbre, duração, intensidade, altura e mesclar as propriedades do som. ARTES VISUAIS AFRICANA: A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros e choupanas sagradas.As formas são essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. A manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Existem outras técnicas utilizadas como: cestaria, colagem de tecidos, tapetes, criação de vasos na argila etc. • Atividades desenvolvidas na pintura – fazer faixas com temas geométricos. • Atividades desenvolvidas na escultura- esculpir através da argila formas variadas TEATRO NA ARTE AFRICANA : As “máscaras” são as formas mais conhecidas da plástica africana, são elementos simbólicos, que transforma tanto o bailarino como no teatro, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representado assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. • Atividades desenvolvidas- criar máscaras com formas variadas e através delas criar um personagem. BIBLIOGRAFIA CALABRIA, Carla Paula Brondi . MARTINS, Raquel Valle.Arte brasileira – Arte, História & Produção. FTD, 1997, Vol. 1. CANTELE, Bruna r. Arte Etc. e tal... Ensino Básico de Educação Artística – IBEP Vol. 1,2,3 e 4. DRUMOND, Elvira – Som e Movimento – Atividades para iniciação musical. WIKIPÉDIA, enciclopédia livre.

HISTORIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.

Nessa nova perspectiva de se estudar as culturas africanas de modo mais abrangente e não apenas ao processo de escravidão abre-se espaços para socializar experiências de grupo que até então tiveram sua memória dilapidada pela historiografia tradicional e pela idéia positivista de educação que durante muito tempo reinou em nossa nação. Elementos até então desprovidos ou desmenbrados de sua historia enquanto povo permearam a construção do que hoje chamamos nação brasileira. As referências à educação e escolarização dos negros, por longo tempo, no Brasil, estiveram dispersas em diferentes estudos no campo da historiografia e/ou da sociologia. No campo da história, aparecem, em geral, no âmbito de análises mais amplas sobre sua situação no sistema escravista. Neste contexto os historiadores afirmam que a maioria dos africanos eram iletrados e, segundo as leis coloniais, impedidos de freqüentarem escolas. Analisam que dentro das características do regime colonial a educação era direcionada às elites dirigentes. Sem acesso à escola, seu aprendizado limitava-se ao exercício do trabalho manual pois, “ao senhor interessava que o escravo aprendesse o mínimo necessário para obedecer às ordens da plantação.” (Vainfas, 1986:5) Nas obras sobre história da educação brasileira, as principais referências são que a política educacional de nosso país foi orientada, desde os primeiros tempos, pelos jesuítas e teve como característica marcante o reforço da cultura européia. Nesse contexto não havia nenhuma preocupação com a educação do negro, nem mesmo a da catequese religiosa tão presente, por exemplo, com relação ao índio. Mesmo que, em alguns casos, os negros pudessem ser admitidos nas escolas sua permanência, nela, era dificultada. Na época do Império, embora a Constituição de 1824 garantisse ensino gratuito a todos, na prática ele se reduzia aos filhos dos homens livres pois o Decreto 1331, de 1854 e o Aviso Imperial 144, de 1864, definiam a “proibição de acesso à escola de portadores de doenças contagiosas, escravos e não vacinados.”(Ribeiro, 1984:48). Confirmando essa exclusão o senso de 1872 revelou que sob o número de 1.509.403 escravos existentes, apenas 1.403 sabiam ler e escrever; menos de 1 por 1000.”(CNBB, 1988:12) Considerando-se que as oportunidades educacionais foram historicamente negadas e dificultadas para os negros, em geral, e para as mulheres, em particular, com relação à mulher negra, este quadro é compreensível, embora não se justifique. Embora todas essas dificuldades, os negros sempre se preocuparam com sua educação formal (escolarização) e procuraram formas de conquistá-la. Do mesmo modo que os escravos resistiram de forma sistemática à sua situação material – através de motins, fugas, rebeliões, quilombos – também no setor educacional vamos encontrar formas de resistência negra. No plano social e educacional, uma das medidas mais promissoras e significativas dessa conjunção de forças é a Resolução 10.639/03, que altera a Lei de Diretrizes e Base (9.394/96) e determina a introdução da história da cultura afro-brasileira e africana no currículo do ensino fundamental e médio, público e privado, especialmente nas áreas de Educação Artística, Literatura e História - o que significa, também, incluir a questão racial como objeto de reflexão. Reivindicação antiga dos movimentos nacionais de consciência negra na busca por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, a Resolução 10.639 representa uma oportunidade única de resgatar a contribuição do povo negro na formação e consolidação da sociedade nacional, mas coloca um grande desafio para os educadores brasileiros: superar rapidamente o desconhecimento e a pouca familiaridade com essa temática, bem como, em alguns casos, o preconceito mal disfarçado que continua a existir em amplas camadas da sociedade. De outro lado a força do pensamento de esquerda que ao privilegiar a perspectiva analítica da luta de classes para a compreensão de nossas contradições sociais tornam secundárias as desigualdades raciais obscurecendo o fato da raça social e culturalmente construída ser determinante na configuração da estrutura de classes em nosso país. Essa inscrição e subordinação da racialidade no interior da luta de classes, iniciada inspirando perspectivas militantes que buscam articular raça e classe como elementos estruturantes das desigualdades sociais no país.Mais recentemente economistas vêm qualificando a magnitude dessas desigualdades ao ponto de, neste momento, podermos afirmar que vivemos num país apartado racialmente. De fato, as disparidades nos Índices de Desenvolvimento Humano encontradas para brancos e negros indicam que o segmento da população brasileira auto-declarado branco apresenta em seus indicadores socioeconômicos (renda, expectativa de vida e educação) padrões de desenvolvimento humano compatíveis com os de países como a Bélgica; que o segmento negro da população brasileira auto-declarado negro (pretos+pardos) apresenta um índice de desenvolvimento humano inferior ao de inúmeros países em desenvolvimento como a África do Sul que, há menos de duas décadas, erradicou o regime de apartheid. Os avanços alcançados principalmente no reconhecimento da problemática da desigualdade racial ensejam a atual reação conservadora que busca com monumental aparato deter esse processo e, sobretudo, restabelecer os velhos mitos que nos levaram à situação atual. São neo-gilbertofreireanos que entram em ação num ativismo de novo tipo sobre a questão racial. Na guerra que combatem contra as medidas de promoção da igualdade de oportunidades segundo a raça ou a cor vale tudo: Diz a revista Veja que “Após a abolição da escravatura,em 1888, nunca houve barreiras institucionais aos negros no país. O racismo não conta como aval de nenhum órgão público. Pelo contrário, as eventuais manifestações racistas são punidas na letra da lei.” Alguém reconhece que é do Brasil que a revista fala? Assiste-se portanto, nesse momento, um ativismo de novo tipo: um suposto anti-racismo que se afirma pela negação do racismo existente. Convergem nessa estratégia posições de direita e de esquerda em que classe social ou a cordialidade racial retornam aos discursos para nublar as contradições raciais. Um classismo de direita como o defendido por Ali Kamel se insurge contra as evidências de discriminação racial insistindo que negros e brancos são igualmente pobres por isso discriminados igualmente. Soma-se a ele um classismo supostamente de esquerda o consubstancia como na fala de Demétrio Magnoli para quem a pauta de reivindicações dos movimentos negros é conservadora e de direita. Essa estratégia se beneficia também de um contexto de refração dos movimentos sociais em geral e em particular dos movimentos negros, criando condições positivas para prosperarem velhas ideologias a serviço de novas estratégias de retorno ao passado. Essa ofensiva traz em seu bojo uma convocação à sociedade para um enfrentamento das políticas raciais. Teme-se que essa avalanche conservadora seja suficiente para amedrontar os setores governamentais alinhados com a promoção da igualdade racial e alimentar e potencializar os antagonistas promovendo o retrocesso das políticas raciais no segundo mandato do governo Lula. Muitos alunos ficaram indignados pois "a professora teria levado para a sala de aula revistas erradas", onde não encontravam pessoas negras. Todas revistas apresentadas eram periódicos encontrados nas bancas como: Isto é, Veja, Nova Escola, Superinteressante, Galileu, Cláudia. Coloquei para eles que o fato de não encontrar pessoas negras nas revistas era também entender o estudo proposto. Os alunos disseram que também na televisão, em desfiles de moda e na política, não encontravam muitas pessoas negras. Conseguiram citar apenas alguns como a Preta - da novela, Naomi Camp - da moda e Paulo Paim - deputado federal. Disseram que nunca haviam se dado conta de que era difícil encontrar pessoas negras nos meios de comunicação, com exceção do esporte - fut O Brasil atual é resultante do encontro de culturas e civilizações provindas de quatro continentes: América, Europa, África e Ásia. Neste sentido, podemos comparar o Brasil ao supercontinente pangéia que, há cerca de duzentos milhões de anos, explodiu sob as forças geológicas, dando origem aos continentes atuais. Os representantes desses quatro continentes, isto é, os povos indígenas, os alienígenas de diversos países europeus, os árabes, os africanos deportados e os asiáticos que aqui se encontraram nas condições históricas conhecidas, ou seja, cada um desse componente étnico trouxe sua contribuição na formação do povo e da história do Brasil, na construção da identidade e da cultura brasileiras. Identidade e cultura entendidas no sentido plural e não unitário. É por isso que conhecer o Brasil equivale a conhecer a história e a cultura de cada um desses componentes culturais, tentando cercar e captar suas contribuições na sociedade brasileira. Não vejamos melhor caminho para entender a história social e cultural deste país, a não ser começar pelo estudo de suas matrizes culturais: indígena, européia, africana e asiática. Enfatizando a heterogeneidade do espaço. Porém, não é isso que acontece na história do Brasil até hoje ensinada através da historiografia oficial. Na maioria dos livros e materiais didáticos que "conhecemos", as contribuições dos africanos e seus descendentes brasileiros são geralmente ausentes dos livros didáticos e quando são presentes são apresentadas de um ponto de vista estereotipado e prenconceituoso. Conseqüentemente, os brasileiros de ascendência africana, contrariamente aos de outras ascendências (européia, árabe, asiática, judia, etc.) ficam privados da memória de seus ancestrais no sistema do ensino público oficial, além de acarretar uma baixa auto-estima e a construção de uma identidade negativa. Essa situação justifica a lei nº 10.639/3 promulgada pelo Presidente da República em 2003, isto é, 115 anos depois da abolição da escravidão no Brasil, para reparar essa injustiça causada não apenas aos negros, mas também a todos os brasileiros, tendo em vista que essa história esquecida é um patrimônio de todos os brasileiros sem discriminação de cor. Algumas pesquisas realizadas nos Estados Unidos e no Brasil apontam as dificuldades que as crianças negras têm para se auto-representar através do desenho. Geralmente, eles se auto-representam através dos traços morfológicos da população branca. Nas realidades sócio culturais esboçadas os agrupamentos tais como as favelas os quilombos urbanos e rurais aparecem como configurações territoriais depreciativas desmembradas de um passado e de um presente histórico comum ao descendente africano. O enfoque da história do negro e da África e de suas dinâmicas culturais, configurações territoriais, e espaços sociais podem ser apresentados através da imagem colaborando desta forma na re-memoração da história da população negra, na re-construção da identidade afro-descendente bem como na apreensão do conhecimento.

MASCARAS AFRICANAS: TRABALHO DA PROFESSORA SANDRA DE ARTES - COLÉGIO ALBINO FEIJÓ